BofA revisa recomendações e preços-alvo para o setor de educação em 2023

A casa elevou as recomendações de Cruzeiro do Sul Educacional e Ser Educacional

Universidade Positivo, em Curitiba (PR), adquirida no fim de 2019 pelo grupo paulista de ensino Cruzeiro do Sul Educacional. Foto: Divulgação
Universidade Positivo, em Curitiba (PR), adquirida no fim de 2019 pelo grupo paulista de ensino Cruzeiro do Sul Educacional. Foto: Divulgação

O Bank of America (BofA) revisou as recomendações para o setor de educação e atualizou os preços-alvo para as companhias em 2023. O banco também atualizou as estimativas macro, que incorporam inflação e taxas de juros mais baixas para o ano que vem. “Mantemos nossa visão otimista em relação aos nomes com oferta mais diferenciada e base relativamente resiliente”, afirma o time de analistas liderado por Fred Mendes.

Apesar da potencial melhora macro em 2023, o banco espera alguma volatilidade pós-eleitoral, considerando que a melhora no poder de compra das famílias ainda deve levar algum tempo para refletir nos gastos com ensino superior.

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O BofA elevou a recomendação da Cruzeiro do Sul Educacional (Csed) de neutra para compra e atualizou o preço-alvo para R$ 7 em 2023. O que representa uma valorização potencial de 42% sobre a cotação atual. A revisão é atribuída ao potencial para ganhos operacionais adicionais, índice de alavancagem controlada de 2,5 vezes versus a média do setor de 3 vezes e superação de pares no segundo trimestre, “demonstrando resiliência em um ambiente volátil”.

“Em um cenário de taxas de juros ainda elevadas, acreditamos que a menor alavancagem da Csed deve ajudá-la a superar seus pares nos próximos trimestres. Se assumirmos uma alavancagem convergindo para a média do setor, a empresa também teria um “poder de fogo” de cerca de R$ 330 milhões em potenciais negócios, o que seria uma vantagem chave para crescer em segmentos estratégicos como medicina e ensino a distância”, dizem os analistas.

O banco também elevou a recomendação da Ser Educacional de venda para neutra e atualizou o preço-alvo para R$ 9, alta de 20,32% sobre os preços atuais. Os analistas afirmam que, embora reconheçam que pode levar algum tempo para que as melhorias macro reflitam nos gastos com educação, o principal retrocesso no caso da Ser Educacional é o fato de a base de alunos estar concentrada principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que tendem a ser mais sensíveis ao macro.

Eles esperam que com a melhoria geral do cenário macro, a companhia se beneficie disso, mas optam pela recomendação neutra devido à alta taxa de alavancagem de 3,7 vezes em 2023, impactando os resultados finais.

O BofA ainda rebaixou a recomendação da Vasta Educação de neutro para venda, mas reiterou preço-alvo em US$ 6, alta potencial de 11,31% sobre o preço atual. Os analistas justificam a revisão com base na liquidez limitada, concorrência desafiadora, exposição relativamente alta a produtos sem assinatura e avaliação de 8 vezes o valor da empresa pelo Ebitda em 2023, ante uma avaliação de 6,7 vezes para a Arco.

“Baseamos nossa visão em relação à Arco, que acreditamos estar posicionada para entregar outro ano forte de crescimento, sustentado por um forte desempenho em suplementos, que ainda está crescendo para a Vasta”.

A casa também manteve as recomendações de compra para as ações da Afya, Vitru e Arco e reiterou a posição neutra em relação ao caso de Yduqs, compra em relação à Ânima e compra para as ações da Cogna.

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