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Bolsas da Europa fecham com viés negativo, ante cautela sobre enfraquecimento global
As bolsas da Europa fecharam com viés negativo nesta quinta-feira (7) em meio a temores sobre o enfraquecimento da economia local e da China, segunda maior economia do planeta. A aversão ao risco também é ampliada pela expectativa de mais aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), diante de sinais de resiliência do mercado de trabalho norte-americano.
Em Londres, o FTSE 100, fechou em alta de 0,21% a 7.441,72 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,14%, a 15.718,66 pontos. O CAC 40, em Paris, teve alta marginal de 0,03%, a 7.196,10 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, caiu 0,20%, a 28.155,58 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 teve queda marginal de 0,03%, a 9.311,60 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,29%, a 6.064,56 pontos. As cotações são preliminares.
As bolsas europeias até tentaram recompor perdas e registravam alta no início da manhã, após uma sequência de pregões em baixa. Contudo, prevaleceu ao longo do dia a pressão de dados locais e chineses, que renovaram temores sobre o crescimento econômico global.
Na China, a balança comercial informou que da de 8,8% nas importações e de 7,3% nas exportações em agosto, queda significativa, embora não tão intensa como o previsto pelo mercado.
Para a CMC Markets, os dados são encorajadores, entretanto, ainda sugerem demanda fraca por bens chineses pela perspectiva doméstica e internacional, simbolizando que as diversas medidas de estímulos tiveram sucesso limitado até agora.
A desaceleração do gigante asiático, um dos maiores parceiros comerciais da Europa, sugere novas dificuldades para a recuperação da economia a zona do euro, em um momento de enfraquecimento local.
Nesta quinta, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro foi revisado de 0,3% para 0,1% no segundo trimestre, enquanto a produção industrial da Alemanha caiu 0,8% em julho, ambas as reduções mais fortes do que o esperado pelo mercado.
Em relatório, a Capital Economics avalia que o bloco está essencialmente estagnado desde o quarto trimestre do ano passado, projetando uma recessão na segunda metade do ano.
O Danske Bank também prevê uma “leve contração” na economia europeia no segundo semestre, contudo, alerta que a força do mercado de trabalho atua como risco para uma inflação persistente em 2024.
Na contramão, a Oxford Economics ainda vê possibilidade de crescimento do PIB europeu neste ano, embora tenha reduzido suas estimativas de avanço de 0,3% para alta de 0,1%.
Para a consultoria, a atividade econômica deve permanecer relativamente estagnada “à medida que enfrenta vários ventos contrários e não tem drivers claros de crescimento, com a perda de força no setor de serviços”.
Ainda, investidores digeriram dados dos Estados Unidos apontando resiliência do mercado de trabalho, ampliando expectativa por mais aperto monetário do Fed, o que poderia eventualmente impactar a atividade econômica americana.
Com informações do Estadão Conteúdo
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