Brasil está com 25 unidades da federação sob seca severa, diz Marina

O Brasil está com 25 unidades da federação sob seca severa, ficando de fora da contagem apenas os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, disse nesta quarta-feira (11) a ministra do Meio Ambiente e de Mudanças do Clima, Marina Silva. Ela destacou que nove estados possuem 100% do território sob estiagem. Além […]

O Brasil está com 25 unidades da federação sob seca severa, ficando de fora da contagem apenas os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, disse nesta quarta-feira (11) a ministra do Meio Ambiente e de Mudanças do Clima, Marina Silva.

Ela destacou que nove estados possuem 100% do território sob estiagem. Além disso, cerca de 900 mil hectares de terras afetadas por queimadas estão localizadas dentro de áreas de pecuária e agricultura.

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Segundo Marina, 1,4 milhão de hectares são de áreas de pastagens e 1,1 milhão de hectares localizam-se em áreas florestais.

“Isso é perda de biodiversidade no coração da floresta”, disse a ministra, que participa da 4ª reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB).

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Segundo Marina, apenas três dos 62 municípios do Amazonas não estão em situação de calamidade por causa da seca.

Marina esteve nesta terça-feira (10) no Amazonas para verificar os efeitos da seca severa no Estado, no qual visitou três comunidades afetadas. De acordo com a ministra, a estiagem reduziu fortemente a vazão dos rios, afetando o transporte de pessoas e insumos. “Dá para calcular uma baixa de até 13 metros do leito do rio”, disse ela.

A visita ocorreu em meio às reuniões para tratar de definições de conceitos e temas ligados à bioeconomia. Marina salientou que uma das alternativas para a bioeconomia está associada ao potencial da pesca, segmento fortemente afetado pela escassez, até por ser fonte de alimentação das comunidades ribeirinhas na floresta Amazônica. A ministra disse que fica mais difícil o repovoamento dos rios “com mortandade de peixes”.

Marina disse ainda que mais de 80% dos focos de incêndio no país estão localizados em propriedades particulares.

Segundo ela, a força-tarefa do governo tem agido de modo que já existem focos de incêndio controlados ou extintos, enquanto outros ainda estão sob combate.

A ministra salientou que estão em estudos medidas como a elevação de penas para quem realiza incêndios criminosos de forma dolosa. Os incêndios associados à seca têm causado efeitos sobre a saúde das pessoas e sobre as dinâmicas das cidades do país.

Marina admitiu que o combate aos focos de incêndio no país vai ser muito difícil durante o período seco, que deve perdurar até novembro. Há 32 inquéritos abertos para apurar as práticas que têm deixado cerca de 60% do país sob efeitos das queimadas. “Vamos ter secas intensas até o fim de outubro ou novembro”, destacou.

Segundo ela, é “fundamental” que pessoas parem de atear fogo e as investigações em andamento sobre as queimadas vão buscar os responsáveis.

Marina destacou que a criação da figura jurídica e do plano nacional de enfrentamento à emergência climática permite criar mais meios para combater os efeitos da crise do clima. O plano, anunciado na terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode prever apresentação de projetos e medidas de curto, médio e longo prazo, com base legal.

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