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Radar do investidor: A semana é do varejo
O grande foco da semana que começa, no mercado financeiro, é o setor de varejo. Indicadores a serem divulgados nos próximos dias ajudarão quem investe a entender melhor a situação atual da economia a partir das perspectivas para o comércio.
O governo federal informa, na quarta-feira (24), como está o mercado de trabalho segundo os registros de demissões e contratações em outubro do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). No mesmo dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) informa os dados da sondagem de confiança do consumidor em novembro.
A quinta (25) tem a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de novembro. A inflação na casa dos 10% tem sido um grande motivo de preocupação no mercado, porque diminui o poder de compra das famílias e leva o Banco Central a aumentar a taxa de juros no país, outro fator a desencorajar o consumo.
Na sexta (26), acontece a Black Friday, uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro. A expectativa da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) é de que só as vendas pela internet somem R$ 6,38 bilhões, o que significaria uma alta de 25% em relação ao faturamento da mesma data no ano passado.
Como afeta os investimentos?
As empresas varejistas de todos os segmentos negociadas na Bolsa de Valores são as primeiras afetadas pelas mudanças nas expectativas sobre o consumo. Indicadores que apontem para um receio das famílias em gastar fazem com que as ações dessas companhias se desvalorizem. Alimentam, ainda, o temor de que outros setores possam vir a sofrer, como o de serviços, levando a uma desaceleração de toda a economia.
Mais temas importantes da semana
PEC dos Precatórios
Na semana passada, o relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que estuda um fatiamento da nova lei para garantir o pagamento da primeira parcela de R$ 400 do Auxílio Brasil antes do Natal. A proposta será debatida nesta segunda (22) em uma audiência dos parlamentares com o IFI (Instituição Fiscal Independente), o ministério da Economia e as consultorias de orçamento das duas casas do Congresso.
Economia americana
A semana também traz uma enxurrada de indicadores econômicos dos Estados Unidos: vendas de casas usadas, índices PMI de indústria e serviços (calculados pela consultoria IHS Markit), gastos dos consumidores, pedidos de auxílio desemprego, entre outros. A velocidade de recuperação da atividade nos EUA tem estado no centro das atenções de quem investe porque uma parte relevante do dinheiro injetado pelo governo na economia foi usada para comprar ativos financeiros, inclusive no Brasil. Em sua última reunião, cuja ata será divulgada na quarta (24), o Fed (Federal Reserve, banco central americano) já começou a reduzir os estímulos, mas, se o PIB (Produto Interno Bruto) crescer com força, pode diminuir mais a distribuição de recursos.
Banco central dos EUA
O presidente americano, Joe Biden, deve tomar nos próximos dias uma das decisões mais importantes do seu mandato: apontar o presidente do Fed. No páreo, estão o atual presidente, Jerome Powell, que pode ser reescalado para mais quatro anos, e Lael Brainard, atual diretora do banco. Qualquer que seja o escolhido, não se espera uma mudança na atual política monetária, que tem deixado os juros do país entre 0 e 0,25%.
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