Mercado repercute comunicado do Copom e aguarda dados de emprego dos EUA
Enquanto os mercados internacionais se voltam ao que virá nesta quinta-feira (22), com dados importantes nos Estados Unidos, o mercado brasileiro acrescenta ao debate questões internas, como a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e a aprovação pelo Senado do texto-base do arcabouço fiscal.
O Copom anunciou na noite desta quarta-feira a manutenção da taxa básica Selic em 13,75% ao ano, como esperado, e ainda manteve um tom duro ao avaliar o processo de desinflação, sem indicar intenção de cortar juros em agosto, como esperava o mercado financeiro.
Comunicado
No comunicado que acompanhou a decisão, o colegiado defendeu que é preciso ter “paciência” no controle da inflação e vinculou eventual corte da Selic aos dados econômicos.
“O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, registrou o comunicado.
Além disso, o comunicado destaca a “inflação subjacente”, que, segundo o BC, “segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”. Ainda assim, as expectativas de inflação para 2023 e 2024 recuaram em torno de 5,1% e 4,0%, respectivamente, diz o comunicado do Banco Central.
Para Caio Canez, sócio da GT Capital, a diferença entre os dados de IPCA e a Selic está “muito acima do que é considerado saudável para a economia”. O economista avaliou que o mercado aguardava “convicto uma redução da taxa de juros”. Projeções serão recalibradas nesta quinta-feira.
Dados de emprego dos EUA
Nesta quinta-feira, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos anuncia o número de pedidos de seguro-desemprego no país, um dos indicadores utilizados pelo Fed para definir a política monetária. A taxa básica da economia norte-americana é de 5% a 5,25% ao ano. A próxima reunião do Fed será em 26 de julho. Na quarta, o dólar fechou cotado a R$ 4,7678, queda de 0,59%. Com isso, a moeda norte-americana renovou seu menor patamar em um fechamento.
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