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Agenda da semana: pausa no aperto monetário nos EUA pode favorecer a bolsa brasileira
O mercado reabre nesta segunda-feira (12) só pensando na decisão de política monetária nos Estados Unidos na quarta-feira (14). Tudo indica que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) deve manter a taxa de juros norte-americana no atual patamar, na faixa entre 5% e 5,25%.
No entanto, uma nova elevação de 0,25 ponto percentual não está descartada. Aliás, ainda que os juros não subam agora, isso não significa que um afrouxamento monetário poderá ser antecipado pelo Federal Reserve (o banco central norte-americano). Os agentes financeiros avaliam que o Fed pode voltar a apertar os botões em julho.
Isso ocorre porque os dados da economia dos EUA ora são favoráveis para uma possível pausa na alta do ciclo de juros e ora apontam espaço para mais um aumento de juros.
Na última quinta-feira (8), por exemplo, um avanço acima do esperado no número de novos pedidos de auxílio-desemprego, que mostra um potencial arrefecimento do mercado de trabalho, puxou a alta das bolsas norte-americanas.
A expectativa agora é pelos dados de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio, que saem na terça-feira (13), na véspera de decisão de política monetária. A taxa anualizada está em 4,9%.
O presidente do Fed, Jerome Powell, já deixou claro que vai persistir no trabalho de convergir a inflação em direção à meta de 2% em 18 meses. Por isso, o discurso de Powell após a decisão de juros será amplamente acompanhado na tarde de quarta-feira, já que promete trazer mais elementos sobre os próximos passos da política monetária.
Ibovespa rumo aos 120 mil pontos?
A última semana no mercado brasileiro foi marcada pelo otimismo. O Ibovespa, principal índice acionário da B3, engatou altas seguidas, deixando para trás o patamar de 110 mil pontos e se aproximando da faixa de 120 mil pontos.
A manutenção dos juros nos EUA pode elevar a busca global por ativos de risco – e favorecer mercados emergentes, como o Brasil.
Além disso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de maio veio abaixo do esperado (0,23% ante 0,33%). Com a inflação mais controlada e atividade econômica ainda firme, os investidores locais se animam com a possibilidade de um início antecipado do ciclo de corte de juros pelo Banco Central.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) volta a se reunir em 20 e 21 de junho. As projeções atuais indicam pela manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano.
O colegiado, apesar disso, começa a sinalizar com mais evidência que o ciclo de cortes dos juros está próximo. Se a expectativa maior era de queda na reunião de setembro, ganhou força a possibilidade de corte em agosto.
Agenda da semana (12 a 16 de junho)
Segunda-feira (12)
8h25: Boletim Focus do Banco Central
Terça-feira (13)
09h30: Índices de preços ao consumidor (maio) nos Estados Unidos
Quarta-feira (14)
06h: Produção industrial (abril) na zona do euro
09h: Vendas no varejo (abril) no Brasil
15h: Decisão de juros nos EUA (Federal Reserve)
15h30: Coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell
16h: Índices de preços ao consumidor (maio) na Argentina
Quinta-feira (15)
06h: Balança comercial (abril) na zona do euro
09h: Desempenho do setor de serviços (abril) no Brasil
09h15: Decisão de juros na zona do euro (BCE)
09h45: Coletiva de imprensa da presidente do BCE, Christine Lagarde
Sexta-feira (16)
06h: Índices de preços ao consumidor (maio) na zona do euro
08h: IGP-10 no Brasil
09h: Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) (abril)
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