PIB da China no 1º trimestre de 2024, IBC-Br de fevereiro, falas de Jerome Powell e mais assuntos para acompanhar na semana

Agenda dos próximos dias será marcada pela divulgação de dados de atividade no Brasil e nas duas maiores economias do mundo

Nota de yuan em montagem com indicadores econômicos. Foto: Anton Petrus/Getty Images
Nota de yuan em montagem com indicadores econômicos. Foto: Anton Petrus/Getty Images

O calendário econômico de 15 a 19 de abril tem como destaque o PIB da China no 1º trimestre de 2024. Na agenda local de indicadores, o Monitor do PIB e o IBC-Br, ambos de fevereiro, estarão no centro das atenções.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, teremos nos próximos dias números de março do varejo e da produção industrial. Além do Livro Bege, relatório do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) que atualiza o momento da economia do país.

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Aliás, ainda no embalo do Fed, há uma série de discursos de dirigentes que estarão no radar dos investidores. O principal deles certamente é o do presidente Jerome Powell.

Sobretudo em um momento em que o mercado se divide entre julho ou setembro a data para o início do ciclo de cortes dos juros. As falas de Powell tendem então a servir de termômetro para os agentes.

Prévias do PIB do Brasil

Desde já, vale frisar aqui no calendário econômico que a semana será marcada por dados de atividade econômica. No Brasil mesmo, os dois indicadores mais relevantes dos próximos dias são considerados prévias informais do PIB.

Na terça (16), dia de Boletim Focus, sai também o Monitor do PIB de fevereiro. Enquanto o IBC-Br do mesmo mês será divulgado na quarta (17).

Nesse sentido, os números vêm em um cenário de perspectivas positivas para o PIB em 2024. Já há projeções, como a do Itaú Unibanco, estimando uma expansão acima de 2% no ano.

Foco na economia da chinesa

Principal destino das exportações brasileiras, a China revela na noite de segunda (15) o PIB do 1º trimestre de 2024. Aqui no calendário econômico, recomendo uma reportagem da Inteligência Financeira que conta nos detalhes como o desempenho do gigante asiático nos afeta.

O ritmo de expansão da economia do país impacta importantes cadeias produtivas brasileiras: como petróleo, minério de ferro, papel e celulose, proteína animal, entre outros.

Ou seja, os preços dos produtos que consumimos aqui podem ser influenciados pelo que acontece na China. Ademais, muitas das empresas da bolsa de valores local são dependentes dos embarques para lá.

Então, partindo para o que esperar, a China tem meta de crescer 5% em 2024. Em relatório divulgado na última semana, o Itaú Unibanco manteve a projeção de alta neste ano em 4,7%.

Ritmo em xeque

Sobre o período de janeiro a março, o banco avalia que a atividade melhorou, mas as incertezas continuam

“Dados de janeiro e fevereiro mostraram que o setor de manufatura e de infraestrutura seguem robustos. Nesse período, a produção industrial cresceu 7,0% contra o mesmo ponto no ano anterior (dez/23: 6,8%) e o ritmo de crescimento do investimento em infraestrutura foi de 9%, perto dos 10,7% registrados no fim do ano passado”, aponta o Itaú.

“Além disso, as sondagens PMIs continuam a indicar um forte desempenho da indústria em março, com o índice em 50,8 (fev/24: 49,1). Por outro lado, as vendas do varejo seguem de lado e dados do setor imobiliário muito fracos, com construção e vendas com recuo anual de 25% e 30%, respectivamente”, prossegue o banco.

Ao mesmo tempo, o Itaú observa que o modelo de crescimento adotado pela China nos últimos anos, com o foco de estimular a indústria e a infraestrutura doméstica para compensar a desaceleração do setor imobiliário, tem impactos relevantes na economia global, deixando dúvidas de até quando conseguirá ser sustentado.

“Em primeiro lugar, a China está com excesso de capacidade produtiva em diversos setores (como carros elétricos, baterias e painéis solares), o que gera uma pressão negativa sobre os preços globais de manufaturados”, menciona o banco.

“Em segundo lugar, o ambiente geopolítico global mais desafiador deve levar a respostas protecionistas de outros países, limitando as exportações chinesas”, continua.

“Por fim, há um limite para o bom desempenho da indústria e da infraestrutura doméstica compensar a fraqueza do setor imobiliário”, completa a instituição para sustentar a visão de que a economia da China deve crescer um pouco abaixo da meta.

Calendário econômico – 15 a 19 de abril

Segunda (15)

06h00: Produção industrial de fevereiro na zona do euro
09h00: Vendas no varejo de março nos Estados Unidos
23h00: PIB do 1º trimestre de 2024 na China
23h00: Taxa de desemprego de março na China
23h00: Produção industrial de março na China

Terça (16)

08h15: Boletim Focus (Banco Central)
10h15: Monitor do PIB de fevereiro (Ibre-FGV)
10h15: Produção industrial de março nos Estados Unidos
14h15: Discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), durante o Fórum de Washington sobre a Economia Canadense

Quarta (17)

06h00: Taxa de inflação de março na zona do euro
09h00: IBC-Br/Índice de atividade econômica de fevereiro (Banco Central)
15h00: Livro Bege nos Estados Unidos

Quinta (18)

Sem indicadores relevantes

Sexta (19)

Sem indicadores relevantes

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