PIB da China, dados da economia brasileira e falas de dirigentes do Fed ficam no foco na semana
Os agentes financeiros globais devem seguir se equilibrando entre a cautela e o apetite por riscos até as decisões de política monetária
Saem os dados de inflação, entram os de atividade no foco dos agentes financeiros. O calendário econômico desta semana tem como principais destaques:
- O PIB da China no quarto trimestre de 2023;
- Indicadores de serviço e varejo do Brasil;
- E uma série de discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
Para começar, o feriado de Martin Luther King Jr. Day deixa as bolsas americanas fechadas nesta segunda (15).
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Isso significa liquidez reduzida nos principais mercados globais, incluindo o brasileiro.
China no radar
Avançando para a terça (16), o dia começa com o desempenho do setor de serviços no país em novembro
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E termina com o resultado da economia chinesa no último trimestre do ano passado.
Relembrando: no acumulado do ano até setembro, o gigante asiático registrou uma expansão de 5,2% – acima da meta estipulada pelo governo local, de crescimento anual em torno de 5%.
Nesse sentido, como a China é o maior parceiro comercial do Brasil, um PIB forte é favorável para as nossas empresas exportadoras.
Por outro lado, números fracos tendem a azedar o humor de companhias listas na B3 que vendem para o mercado asiático, com destaque para a Vale (VALE3).
Para onde o Fed vai?
Seguindo no calendário econômico, a semana reserva ainda uma série de discursos de dirigentes do banco central americano (veja agenda completa abaixo).
Então, por que ficar ligado nas declarações dos membros do Fed? Bem, porque todo mundo está querendo saber quando os juros vão começar a cair nos EUA.
A próxima decisão de política monetária está prevista para 31 de janeiro.
Até lá, os agentes financeiros devem se equilibrar entre a cautela e o apetite por riscos.
Assim, quanto mais gente do Fed fala, mais o mercado consegue calibrar as expectativas (mesmo que mudem de um dia para o outro).
Acabou as férias, Haddad
Ainda para ter no radar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, volta de férias e deve ter um grande imbróglio para lidar.
Antes de sair para o descanso, Haddad apresentou a MP da reoneração, para retomar a tributação gradual da folha de pagamento das empresas.
O problema é que o despacho do ministro veio após o Congresso derrubar o veto do governo à lei que estende o benefício fiscal a 17 setores da economia até 2027.
Nesse meio tempo, houve uma intensa reclamação por parte dos congressistas. Vários inclusive querem que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolva a MP.
Mas Pacheco quer conversar antes com Haddad e construir uma solução. Esse papo deve ocorrer ao longo da semana.
Por fim, o que esperar?
Ainda que seja derrotado (novamente) no caso da reoneração, o ministro da Fazenda pode conseguir algumas conquistas.
Lá no texto, a MP também extingue o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, lançando para amenizar os efeitos da pandemia).
Bem como estabelece um limite para as compensações tributárias em caso de vitória das empresas contra o Fisco.
Calendário econômico – 15 a 19 de janeiro
Segunda (15)
Feriado nos EUA: Martin Luther King Jr. Day (bolsas americanas ficam fechadas)
07h00: Produção industrial de novembro na zona do euro
08h25: Boletim Focus (Banco Central)
Terça (16)
09h00: Dados de novembro de serviços (IBGE)
13h00: Discurso de Christopher Waller, diretor do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA)
23h00: PIB da China no quarto trimestre de 2023
Balanços nos EUA: Morgan Stanley e Goldman Sachs
Quarta (17)
07h00: Taxa de inflação de dezembro na zona do euro
09h00: Dados de novembro do varejo (IBGE)
10h30: Dados de dezembro do varejo nos EUA
11h00: Discurso de Michael Barr, vice-presidente do Fed
11h15: Produção industrial de dezembro nos EUA
16h00: Livro Bege nos EUA
17h00: Discurso de John Williams, presidente do Fed de Nova York
Quinta (18)
13h30: Discurso de Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta
Sexta (19)
09h00: IBC-Br/Índice de atividade econômica de novembro (Banco Central)
18h15: Discurso de Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco