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O calendário econômico da semana traz o payroll dos EUA e dados fiscais do Brasil como principais destaques. Nos EUA, o mercado aguarda o relatório de empregos e discursos do Fed, enquanto no Brasil, a produção industrial e discussões fiscais ganham atenção. A reunião entre o Banco Central e CEOs de grandes bancos também é aguardada. Esses eventos podem impactar os mercados financeiros e a política monetária.
O calendário econômico entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro tende a ser bastante agitado. Acima de tudo, nos Estados Unidos, diante de diversos indicadores que têm potencial de impactar os preços dos ativos. Os números para o mês de setembro do relatório de empregos (“payroll”) americano são o principal destaque da semana.
Dessa forma, notícias negativas sobe o mercado de trabalho nos EUA, que indiquem desaceleração na geração de empregos, podem elevar o otimismo do mercado com relação a continuidade do ciclo de flexibilização monetária conduzido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Ademais, na sexta (27), o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA, a medida de inflação preferida do Fed, mostrou desaceleração frente a julho. Então, o resultado ficou em linha com as expectativas dos analistas.
Agora, os investidores estão divididos se o Comitê Federal de Mercado Aberto (o Copom do Fed) vai prosseguir o atual ciclo de flexibilização monetária, com um corte menor, de 25 pontos-base. Ou dar continuidade à queda de meio ponto-percentual na taxa básica de juros dos EUA. A próxima reunião de juros do Fed acontece em 7 de novembro.
Contudo, há também os índices de atividade industrial e de serviços e discursos de diversos dirigentes do Fed. Na segunda-feira (30), o mercado acompanha o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na reunião anual da National Association for Business Economics, em Nashville, no Tennessee.
Calendário econômico: dados do fiscal no Brasil
Além disso, no Brasil, o principal destaque será a produção industrial de agosto, na quarta-feira (2). No entanto, é possível que as discussões fiscais também sigam no foco, com a divulgação do resultado primário do setor público consolidado já na segunda-feira (30), e do Relatório Mensal da Dívida referente a agosto. Os participantes do mercado têm criticado a gestão da dívida pública pelo Tesouro Nacional.
Entretanto, os agentes financeiros estarão também atentos à reunião entre as autoridades de política monetária e os presidentes dos maiores bancos privados do país.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e sete dos oito diretores do órgão terão uma reunião com os CEOs dos grandes bancos privados do país na segunda-feira das 17h às 18h30. O encontro será por videoconferência.
Pelo lado das instituições financeiras, participam Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF); Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); Marcelo Noronha, presidente do Bradesco; Milton Maluhy, presidente do Itaú; Mario Leão, presidente do Santander, e André Esteves, chairman do BTG Pactual.
Calendário econômico – 29 de setembro a 4 de outubro
Segunda-feira (30)
08h25: Boletim Focus
14h55: Discurso do presidente do Fed Jerome Powell
18h: Tesouro: Relatório mensal da Dívida Pública
Terça-feira (1)
6h: Inflação (CPI) de setembro da Zona do Euro
11h: Índice de atividade do setor industrial dos Estados Unidos (setembro)
11h: Relatório Jolts com vagas abertas nos EUA em agosto
11h45: Leilão do Tesouro de NTN-B e LFT
Quarta-feira (2)
9h: IBGE traz dados da produção industrial para o mês de agosto.
9h15: Relatório de criação de vagas em setembro no setor privado nos EUA
Quinta-feira (3)
11h45: Leilão do Tesouro de LTN e NTN-F
Sexta-feira (4)
9h30: Payroll com dados do mercado de trabalho para setembro