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O que acompanhar na semana? IPCA-15 de agosto e taxa de desemprego de julho calibram expectativas para alta da Selic
Afinal, qual é o rumo dos juros no Brasil e nos Estados Unidos? Esta é uma pergunta que terá novas respostas no calendário econômico de 26 a 30 de agosto.
Antes de tudo, vale destacar que a tendência por aqui é de alta da taxa Selic em setembro. Enquanto por lá a expectativa é de início do ciclo de cortes da taxa.
O que acompanhar na semana?
Entre os destaques do calendário econômico, o Boletim Focus abriu a semana com as projeções atualizadas para os principais indicadores brasileiros. O relatório desta segunda (26) ainda não trouxe um cenário de aumento dos juros na reta final do ano.
Mas um dos focos centrais estava na expectativa de inflação. Sobretudo as estimativas para o IPCA em 2025. A taxa esperada atualmente subiu a 3,93% – acima da meta de 3% perseguida pelo Banco Central.
Então, na sequência, os agentes financeiros vão se concentrar em outros dois dados da economia brasileira que serão divulgados: o IPCA-15 de agosto, na terça (27), e a taxa de desemprego, na sexta (30).
A prévia da inflação, como o próprio nome diz, mostra se os preços estão pressionando mais ou menos o bolso dos brasileiros.
Já os números de trabalho sinalizam se o mercado está aquecido (ou não). Assim como se a evolução da renda pode ter efeitos inflacionários.
Ao mesmo tempo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa em dois eventos do mercado financeiro.
Portanto, todas essas informações vão alimentar as previsões para a próxima reunião do Copom. Em outras palavras, se a Selic deve mesmo subir.
Para encerrar o bloco doméstico, o governo federal precisa enviar até a sexta o projeto de Orçamento de 2025. Este que deve ser acompanhado de um pacote de medidas de aumento de receitas, como um aumento na tributação do Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Fed vai cortar em 0,25 ou 0,50?
Na semana que passou, o presidente do Federal Reserve indicou finalmente a expectativa por um corte de juros na reunião de setembro da autarquia.
O tom mais brando da fala de Jerome Powell alimentou inclusive a avaliação de que o início de flexibilização pode ser mais intenso.
Ou seja, com uma redução de 0,50 ponto percentual da taxa ante 0,25 p.p por parte do BC americano.
O tamanho do corte ainda vai depender do próximo payroll, no começo de setembro, com novos dados do mercado de trabalho.
Antes, o mercado tem as atenções voltadas para uma nova leitura do PIB do país no segundo trimestre. Bem como para a divulgação do índice inflacionário PCE, com os números de julho dos gastos com consumo dos americanos.
Por último, para ter no radar, a Nvidia divulga o balanço trimestral na quarta, após o fechamento dos negócios.
A fabricante de chips tem o desafio de apresentar um desempenho consistente e emitir uma projeção otimista para os negócios que envolvem o uso de Inteligência Artificial.
Calendário econômico – 26 a 30 de agosto
Segunda (26)
08h25: Boletim Focus (Banco Central)
08h30: Estatísticas do setor externo de julho (Banco Central)
Terça (27)
09h00: IPCA-15/Prévia da inflação de agosto (IBGE)
Quarta (28)
10h00: Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa em evento do Santander Brasil
14h30: Estatísticas do mercado aberto de julho (Banco Central)
Após o fechamento do mercado: balanço da Nvidia no 2º trimestre
Quinta (29)
08h00: IGP-M de agosto (FGV-Ibre)
08h30: Estatísticas monetárias e de crédito de julho (Banco Central)
09h30: PIB dos Estados Unidos no 2º trimestre de 2024 (2ª leitura)
Sexta (30)
08h30: Estatísticas fiscais de julho (Banco Central)
09h00: Taxa de desemprego/PNAD Contínua de julho (IBGE)
09h30: PCE/Índice de preços de gastos com consumo de julho nos Estados Unidos
11h00: Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa em evento da XP
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