Nubank espera lançar crédito consignado no próximo trimestre, diz Vélez

O CEO indicou que a companhia deve continuar investindo significativamente em México e Colômbia este ano, e que esses países estão crescendo mais rápido que o Brasil na mesma fase de implementação

David Vélez, Fundador e CEO global do Nubank. Foto: Julio Bittencourt/Valor
David Vélez, Fundador e CEO global do Nubank. Foto: Julio Bittencourt/Valor

O CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que o banco deve lançar seu crédito consignado no próximo trimestre. Esse é um dos fatores que deve ajudar a instituições a expandir sua carteira este ano, de forma mais segura. Em teleconferência com analistas, ele também comentou que a companhia deve continuar investindo significativamente em México e Colômbia este ano, e que esses países estão crescendo mais rápido que o Brasil na mesma fase de implementação. Em breve, o Nubank deve oferecer uma conta digital nesses países e depois começar a captar depósitos.

O vice-presidente financeiro do Nubank, Guilherme Lago, comentou que o custo de funding deve ficar estável nos próximos trimestres. No quarto trimestre, esse custo foi de 78% do CDI. Segundo ele, há um fator sazonal no quarto trimestre, mas por outro lado, o efeito da mudança na remuneração da conta ainda não foi sentido inteiramente, o que indica um custo relativamente estável. Ele não acredita que o lançamento do consignado afete negativamente o ROE.

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Sobre o patamar de rentabilidade, Lago comentou que 2023 deve continuar mostrando um ROE saudável. Sem dar guidance de curto prazo, ele explicou que no longo prazo o banco acredita que ainda tem potencial a extrair de seu modelo digital, o que levaria a um ROE maior. “Em 2023 teremos prós e contras. Em 1º de abril entra em vigor o teto na taxa do cartão pré-pago e com a aceleração da carteira, isso pesa sobre as margens. Por outro lado, vamos continuar crescendo a base e extraindo eficiência operacional.”

Lago comentou que em cartão de crédito a participação de mercado do Nubank é de quase 30%, mas em empréstimo pessoal ainda é de 3%, 4%. “Nós ainda temos muito espaço para aumentar o share of wallet, crescer dentro da nossa base, escolhendo os melhores clientes, no ‘mar fechado’. Não fomos para o ‘mar aberto’ como muitos bancos fizeram.”

O executivo afirmou que as provisões para devedores duvidosos (PDD) devem continuar crescendo nos próximos trimestres, acompanhando a expansão da carteira. A PDD do Nubank foi de US$ 415,2 milhões no quarto trimestre, com alta de 10,7% no trimestre e 107,9% em 12 meses.

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