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Mercado deve renovar apetite por ativos de risco após corte maior da Selic
Após reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ano, nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) indicou novos cortes de 0,50 nas próximas reuniões.
O colegiado antevê, de forma unânime, “redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avalia que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
O comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário e expectativas permitiram acumular confiança para iniciar um ciclo gradual de política monetária.
O início do ciclo de flexibilização da Selic com um corte maior que o esperado pelo consenso (0,25 p.p.) renova o apetite por ativos de riscos e pode impulsionar no mercado de ações local na sessão desta quinta-feira.
Na véspera, o Ibovespa fechou em leve baixa de 0,32%, aos 120.858,72 pontos. Já o dólar avançou 0,33% e encerrou o pregão cotado a R$ 4,805.
Baixa nos juros no crédito
Logo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciar a redução de 0,50 ponto porcentual na Selic, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram uma baixa nos juros em algumas linhas de crédito para pessoa física e jurídica.
Banco do Brasil
No caso do Banco do Brasil, as novas taxas estarão disponíveis para os clientes a partir de sexta-feira (4). Na pessoa física, os juros caíram nas linhas de crédito consignado, automático, salário, benefício, renovação e 13º Salário. Segundo o BB, o destaque é a redução no consignado INSS, de 1,81% para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% para 1,89% no patamar máximo.
Na pessoa jurídica, houve reduções no desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos. As reduções variam de acordo com o relacionamento com os clientes.
Caixa
A Caixa Econômica Federal anunciou que reduziu taxas de juros do crédito consignado para beneficiários e pensionistas do INSS, que vai de 1,74% ao mês para a partir de 1,70%.
Febraban
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota elogiando a queda de 0,50 ponto porcentual implementada pelo Copom.
Segundo o presidente da entidade, Isaac Sidney, a medida é um primeiro passo importante “para reversão da forte restrição monetária por que por que passa o país neste difícil e exitoso processo de contenção da escalada inflacionária”.
Sidney comentou ainda que o prosseguimento do ciclo de flexibilização monetária nas próximas reuniões do Copom deverá ter consequências positivas para o mercado de crédito e para a inadimplência.
Bolsas da Ásia
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta, com algumas delas pressionadas pelas fortes perdas que Wall Street sofreu na quarta, em reação ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Fitch.
Os mercados chineses, porém, se fortaleceram após dados positivos do setor de serviços.
Liderando as perdas na Ásia, o japonês Nikkei caiu 1,68% em Tóquio hoje, a 32.159,28 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,49% em Hong Kong, a 19.420,87 pontos, e o sul-coreano Kospi cedeu 0,42% em Seul, a 2.605,39 pontos.
Ontem, as bolsas de Nova York amargaram perdas em torno de 1% a 2,2%, após a Fitch cortar o rating dos EUA de AAA para AA+, na noite de terça-feira (1), com a avaliação de que a situação fiscal da maior economia do mundo deverá se deteriorar nos próximos três anos.
Na China continental, por outro lado, o dia foi de ganhos após pesquisa da S&P Global/Caixin mostrar que o PMI de serviços chinês aumentou para 54,1 em julho, superando as expectativas e contrastando com o fraco desempenho da manufatura doméstica.
O Xangai Composto subiu 0,58%, a 3.280,46 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,27%, a 2.061,64 pontos.
Com informações do Estadão Conteúdo
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