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Bitcoin (BTC) abre semana na casa dos US$ 28 mil e inicia 2º tri em clima de ‘primavera cripto’
O bitcoin (BTC) iniciou o segundo trimestre de 2023 acima de US$ 28 mil, novo patamar de lateralidade, após subir 70% e registrar o melhor desempenho trimestral desde o início de 2021 e apesar dos vários desafios nos campos macroeconômico e regulatório.
A expectativa da maioria dos analistas é de mais valorização no segundo trimestre, consolidando o que já é considerada a nova “primavera dos criptoativos”.
Ritmo mais comedido
A retomada, no entanto, poderá se acomodar em um ritmo mais comedido, movimento esse que deverá ser calibrado pela volta do apetite ao risco com o fim do ciclo de aperto monetário pelo Federal Reserve e pela perspectiva de que as iniciativas recentes de regulação resultem em mais segurança e confiança no setor de ativos digitais.
Projeções
O final de semana foi de baixa oscilação para o bitcoin, na casa de US$ 28,3 mil. Segundo Rony Szuster, analista do MB, a faixa é o novo patamar de lateralidade, em que a maior das criptomoedas encontra dificuldade para avançar neste momento.
Rompida a resistência em torno de US$ 29 mil, o bitcoin pode seguir para a faixa de US$ 31,5 mil, segundo analistas. Por outro lado, notícias ruins e pressão vendedora podem levar a moeda digital de volta para o casa de US$ 26 mil, novo suporte em que investidores entrariam comprando.
Cotações
Perto das 9h15 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 28.257,65, com baixa de 0,5% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko.
Já o ether valia US$ 1.808,51, com desvalorização de 0,6%.
O token nativo da Binance, o BNB, era negociado com baixa de 1,0% a US$ 312,16.
Em reais, o bitcoin era cotado a R$ 143.890,97 (-0,54%), enquanto o ether estava em R$ 9.208,17 (-0,64%), de acordo com o MB.
Relação do bitcoin com o ouro
Para Thiago Rigo, analista da Titaniun Asset, chama atenção a correlação do bitcoin com o ouro, que continua a subir mirando as máximas em 2023.
“A alta correlação com o ouro é um sinal positivo para os investidores do ativo digital, que surgiu com o objetivo de ser uma reserva de valor, assim como o metal precioso”, disse.
Um detalhe importante é que essa correlação aumenta em meio a sinais de uma expansão da base monetária dos Estados Unidos ainda nesse ano, o que faz com que investidores busquem ativos que conservem valor a medida que a moeda inflaciona”, acrescentou. Rigo.
“Veremos uma continuação da tendência de alta do bitcoin, impulsionado principalmente pelo sentimento de um possível controle da inflação e pelas políticas menos duras do Fed”, disse Antonio Bertuccio, head de estratégia da iVi Technologies, gestora de investimentos quantitativos.
Alta de 70%
No primeiro trimestre, período marcado no campo macro por incertezas na política monetária e crise bancária, o bitcoin saltou 72%, de US$ 16.540 para US$ 28,516 mil, perdendo a correlação com as ações de tecnologia, que tinha vigorado no período de baixa das criptomoedas.
A Nasdaq acumulou uma alta de 16,8% no trimestre, enquanto a bolsa de Nova York exibe ganho de 7,03% no S&P 500 e de 0,38% no Dow Jones.
Bem abaixo do recorde
Apesar do rali, o bitcoin ainda está quase 60% abaixo do recorde histórico de US$ 69.004,77 de 10 de novembro de 2021, segundo o CoinGecko.
Analistas questionam a sustentabilidade do movimento das criptomoedas, num período particularmente difícil para os demais ativos de risco e de forte escrutínio dos reguladores dos EUA contra as maiores corretoras e prestadores de serviço do setor de ativos digitais após a quebra da FTX.
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