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Bitcoin sobe, na contramão dos bancos e dos ativos de risco, e sustenta patamar de US$ 25 mil
O bitcoin (BTC) voltou a testar o patamar de US$ 25 mil, cotação de alta resistência dos investidores de ativos digitais, apesar da cautela nos demais mercados de risco com a crise bancária e dúvidas em relação ao ajuste na política monetária.
Maior das criptomoedas, o bitcoin chegou até a máxima de US$ 25.239 nos negócios da Ásia. Na terça, após a divulgação de indicador de inflação americana dentro do esperado havia batido em US$ 26.401 em meio ao desmonte de operações de investidores que apostavam na baixa.
Nos últimos sete dias, o bitcoin acumula um ganho de 15%.
Ether
Já o ether (ETH) segue acima de US$ 1.600, porém, com menor oscilação. Nos últimos sete dias, soma valorização de 8,5%. Ao todo, o conjunto de criptomedas emitidas tem US$ 1,13 trilhão em valor de mercado.
Descorrelação, como em 2009
Entusiastas das criptomoedas sustentam que o bom momento do bitcoin em meio a uma crise bancária demonstra a descorrelação do segmento de ativos digitais dos riscos bancários típicos e da necessidade dos governos de socorrer periodicamente o setor financeiro.
Isso aconteceu em 2009, época da criação do bitcoin como alternativa às finanças tradicionais.
Uma das mais vocais personalidades com essa visão é a gestora Cathie Woods, da ARK Investiments, que saiu em defesa das criptomoedas e não poupou críticas aos reguladores dos mercados financeiro e de capitais no socorro aos depositantes.
Para a gestora, é a crise bancária atual que atrapalha as criptomoedas não os ativos digitais que alimentaram a situação precária dos bancos.
Cotação
Perto das 8h50 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 25.007, com alta de 1,2% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. Já o ether valia US$ 1.669,15, com recuo de 0,6%.
Em reais, o bitcoin era cotado a R$ 131.997,64 (alta de 0,81%), enquanto ether estava em R$ 8.817,16 (-0,51%), de acordo com o MB.
Instabilidade
Para André Franco, chefe do Research do MB, o bitcoin testa o atual nível de resistência de US$ 25 mil há três dias, o que deve demonstra a instabilidade do atual momento de preço.
“É crucial para vermos um movimento de alta mais forte ou um recuo mais substancial. O risco de quebra de mais um banco, o Credit Suisse, elevou as tensões no mercado e por isso ainda podemos ter volatilidade ao longo da semana”, disse.
Já Fernando Pereira, analista da Bitget, destaca que a Nasdaq parece mais correlacionada ao bitcoin exatamente por quase não ter bancos negociados no índice. Já o S&P 500 sofre a pressão da desvalorização dos bancos.
“Olhando para a Nasdaq vemos um movimento extremamente otimista essa semana, com claros sinais de mais altas pela frente”, disse.
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