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Bitcoin estaciona em US$ 29 mil após forte oscilação com rumor de venda por ‘baleias’
O bitcoin (BTC) estacionou mais uma vez na casa de US$ 29 mil após um dia de intensa volatilidade, que levou a maior das criptomoedas a variar da mínima de US$ 27.696 até a máxima de US$ 30.025, ao sabor de diferentes rumores sobre venda de tokens por “baleias”.
Nesta quinta, no entanto, os negócios parecem ter se acalmados com os investidores do setor de ativos digitais reagindo ao resultado da Meta, controladora do Facebook, considerado positivo junto o de outras “big techs”. Amanhã saem os dados do PIB dos EUA e a inflação pelo PCE, que podem dar o tom para a decisão de política monetária do Federal Reserve na próxima semana.
Informações não confirmadas de que o governo dos EUA estaria prestes a vender um lote gigante de bitcoins derrubou as cotações na véspera. A esses rumores, investidores também comentaram que uma carteira adormecida da exchange extinta MT.Gox também teria acordado para despejar moedas no mercado.
“A probabilidade dessa maior oferta de BTC pode ter sido o gatilho para um movimento massivo de venda, que rapidamente se espalhou pelo mercado. A venda dos bitcoins armazenados nessas duas carteiras é um evento que o mercado monitora há algum tempo, de forma que qualquer sinalização nesse sentido tende a causar volatilidade”, disse Thiago Rigo, analista da Titanium Asset.
“O preço do bitcoin foi em dois extremos, trazendo aquela volatilidade que estamos acostumados no mercado. Hoje, o dia começa no verde novamente, com alta e o bitcoin sendo negociado próximo dos US$ 29 mil”, disse André Franco, chefe do Research do MB.
Cotações
Perto das 9h10 (horário de Brasília), o bitcoin operava estável, com leve baixa de 0,1% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 28.924.85. O ether, moeda digital da rede ethereum, tinha queda de 1,7%, negociado a US$ 1.881,59, conforme dados do CoinGecko.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo era de US$ 1,24 trilhão. Em reais, o bitcoin se desvalorizava em 0,3% a R$ 146.658,54, enquanto o ether registrava perdas de 2,07% a R$ 9.538,77, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Para analistas, a volta da volatilidade traz oportunidades de entrada e também de realização de lucros recentes com a criptomoeda, padrão que tem vigorado historicamente no segmento de ativos digitais, mas que foi interrompido durante os períodos de baixa do chamado inverno do criptoativos.
“Olhando para os dados on-chain, vemos uma diminuição de aproximadamente 30% de bitcoins em corretoras disponíveis para venda quando comparado ao bear market de 2020”, disse Fernando Pereira, analista da Bitget.
Amadurecimento do mercado
Para Pereira, isso mostra que cada vez menos investidores estão vendendo suas moedas em momentos de queda do mercado, mesmo em períodos de desvalorização prolongada como a atual. ”O investidor cripto está amadurecendo a cada bear market que passa”, disse.
Segundo André Castelo, especialista em criptoativos da Hurst Capital, os ativos digitais têm sido vistos cada vez mais como reserva de valor, aumentando a correlação da cotação deles com o ouro, tradicional o principal porto seguro do mercado junto com os títulos do tesouro dos EUA.
Outro fator nessa situação que acaba sendo favorável à valorização das criptomoedas, na opinião de Castelo, é a consequência que a crise bancária pode ter na política monetária americana. “A sequência de quebras de bancos gera expectativas de um Federal Reserve mais brando em relação ao ciclo de alta de juros, o que torna ativos considerados de risco, como as criptomoedas, mais atraentes para investimentos”, acrescenta.
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