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Bitcoin dispara, retoma US$ 20 mil e criptomoedas voltam a passar US$ 1 trilhão
Depois de um final de semana de euforia, em que passou de US$ 21 mil e “virou a página” da quebra da FTX, o bitcoin (BTC) iniciou a segunda-feira (16) marcando US$ 20,8 mil, no maior patamar em dois meses, com valorização de 26% em 2023, de longe um dos ativos de melhor desempenho no ano.
O ether, a moeda nativa da rede Ethereum (ETH), seguiu o bitcoin e retomou a casa de US$ 1.500, perdida também na crise da FTX. Como um todo, as criptomoedas voltaram a somar US$ 1,02 trilhão, pouco abaixo dos US$ 1,07 trilhão do início de novembro do ano passado.
A recuperação surpreendente das criptomoedas chega a chocar mesmo os mais entusiasmados com as perspectivas para a tecnologia blockchain e as moedas digitais. Isso porque ainda perdura no front dos ativos de risco como um todo incertezas sobre os rumos da política monetária, apesar de sinais de que a inflação começa a desacelerar nos EUA, além de dúvidas sobre a solvência do Digital Currency Group (DCG).
Bitcoin como indicador do mercado de risco?
Uma das perguntas que os analistas fazem é se o bitcoin e as moedas digitais se tornaram uma espécie de indicador antecedente do que vai ocorrer nos demais mercados de risco, uma vez que é negociado 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana, e capta o sentimento do investidor pessoa física.
Cotação das criptos nesta segunda
Perto das 9h10 (horário de Brasília), o bitcoin tinha alta de 0,6% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 20.835 e o ether subia 0,7%, cotado a US$ 1.544, conforme dados do CoinGecko.
Em reais, o bitcoin subia 1,13% a R$ 107.288,99 e o ether tinha alta de 1,02% a R$ 7.947, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Impacto da inflação americana sobre as criptos
Na análide da Bybit, a divulgação dos dados da inflação americana (CPI) na semana passada trouxe uma força inesperada, que ajudou a quebrar diversos pontos de resistência de preços, lembrando os dias do chamado “bull market” de 2020 e 2021.
Os analistas acreditam que a disparada do bitcoin deu uma amostra do que pode ser o próximo mercado de alta das criptomoedas.
“Barreira de venda” reduziu preço
“No entanto, ao ficar acima de US$ 21 mil, o bitcoin encontrou uma grande barreira de venda que devolveu o bitcoin para US$ 20.800, valor no qual o maior criptoativo do mercado começa negociando nesta semana”, disseram os analistas.
Para os analistas da casa, o rali atual pode se estender até novas resistências em US$ 25 mil e US$ 27 mil e US$ 28 mil, onde deve encontrar uma forte barreira de venda.
“O rali do CPI estabeleceu novos níveis para o bitcoin e agora, assim como antes da falência da FTX, voltamos a ter US$ 20 mil como um suporte psicológico importante e de US$ 21.500 a US$ 22 mil como resistência imediata e de US$ 25 mil como uma resistência forte”, disseram os analistas.
Se quebrada essa barreira, “pode abrir caminho para os entusiastas buscarem US$ 28 mil e U$ 30 mil novamente, valor que pode marcar o topo deste rali de começo de ano”, completaram, ressaltando que uma queda para US$ 19.500 também não está descarta, já que os entusiastas podem precisar fazer uma parada antes de buscar o rompimento de novas resistências.
Para André Franco, chefe de pesquisa do MB, depois de uma “subida parabólica”, o bitcoin faz uma leve pausa para continuar o movimento de alta. “Parece que o alívio macroeconômico se tornou combustível para uma alta mais forte”, disse.
Franco destaca ainda que os dados on-chain mostram acúmulo dos investidores de longo prazo (LTH) ainda forte, com 12 mil bitcoin passando a integrar essa métrica. Na rede Ethereum, disse ele, há mais de 30 mil ethers travados nos últimos dois dias.
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