Calotes de pessoas diminuem, mas os de empresas aumentam em setembro, diz BC

Levantamento também apontou que juro dos empréstimos caiu para pessoas, mas subiu para empresas

Como funciona o ETF que paga dividendos? - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Como funciona o ETF que paga dividendos? - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os atrasos nos pagamentos de empréstimos tomados por pessoas caíram em setembro pelo terceiro mês seguido, informou o Banco Central nesta terça-feira (7).

Em contrapartida, o índice de atrasos por parte das empresas teve alta pelo nono mês consecutivo, revelou o levantamento.

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De acordo com o documento Estatísticas Monetárias e de Crédito, o índice de atrasos acima de 90 dias nos financiamentos tomados por famílias nos bancos ficou em 6%.

O indicador vem caindo desde junho, quando estava em 6,3%.

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A queda teve entre os destaques a linha de rotativo do cartão de crédito, cujo índice ficou em em 49,2% em setembro, após ter batido uma máxima de 53,4% em maio.

Empresas

Já o índice de atrasos entre pessoas jurídicas fechou setembro em 3,4%, nono aumento seguido desde o final de 2023. Foi também o pico em vários anos.

Esses números vieram em linha com o que vêm apresentando os maiores bancos do país em seus resultados trimestrais.

O Itaú Unibanco divulgou na véspera que seu índice de atrasos acima de 90 dias para pessoas ficou estável pelo quarto trimestre seguido, mas o presidente-executivo, Milton Maluhy Filho, previu queda no final deste ano.

Enquanto isso, o índice de atrasos de pequenas e médias empresas subiu pelo segundo trimestre consecutivo de julho a setembro.

A piora da qualidade das carteiras dos bancos nos empréstimos para empresas segue um período de juros altos, o que, somado à inflação, tem corroído as finanças corporativas.

Para baixo, para cima

Essas variações no comportamento dos atrasos coincidiram com movimentos distintos nas taxas de juros cobradas dos bancos.

De agosto para setembro, o juro médio dos empréstimos do sistema financeiro para pessoas físicas caiu 0,5 ponto percentual, para 57,3% ao ano.

Enquanto isso, a taxa média cobrada nos empréstimos para empresas subiu 0,4 ponto, para 22,9% ao ano.

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