Cenário para corte de juros ainda está distante, afirma dirigente do banco central dos EUA
Em entrevista à rede de televisão CNBC, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, evitou afirmar se os juros do Fed teriam atingido pico
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Richmond, Tom Barkin, afirmou que ainda não está pensando em cortes nas taxas de juros. Em entrevista à CNBC, Barkin comemorou dados recentes de emprego, consumo – destacando cortes de gastos em famílias de média a baixa renda – e produção, mas disse que cenário de desaceleração sustentada da inflação ainda está distante.
O dirigente votará nas decisões monetárias do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) em 2024. Segundo ele, ainda existem riscos de apertar demais a política monetária ou não alcançar nível restritivo o suficiente, ambos “igualmente perigosos” neste momento.
Barkin evitou afirmar se os juros do Fed teriam atingido pico e reforçou que as próximas decisões serão dependentes de dados. O dirigente expressou preocupação sobre o tamanho da dívida fiscal dos Estados Unidos e, sobre o mercado de títulos, comentou que o BC americano não intervirá desde que o aperto nas condições financeiras contribua para o processo de desinflação sem provocar grandes choques.
Nesta sexta-feira, as ações subiram acentuadamente depois que o Departamento do Trabalho informou que as folhas de pagamento não-agrícolas aumentaram em 150 mil em outubro – 20 mil a menos do que o esperado.
O crescimento lento e controlado da atividade econômica é algo que os mercados e o Fed buscam, pois é um indicativo de que a economia está respondendo conforme esperado, dada a política monetária de juros altos conduzida pelo banco central dos EUA.
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