Citi corta preço-alvo da Vale (VALE3) para US$ 16 com ‘fraqueza sazonal’ do minério de ferro na China
O banco atribui o ajuste ao minério de ferro prestes a entrar em um período de fraqueza sazonal no mercado chinês
O Citi rebaixou a recomendação para as ações da Vale de compra para neutra e cortou o preço-alvo para US$ 16 por recibo de ação (ADR), o que representa um potencial de alta de 2% sobre o último fechamento. O banco atribui o ajuste ao minério de ferro prestes a entrar em um período de fraqueza sazonal no mercado chinês.
Para 2023, o Citi estima um preço-médio para o minério de ferro de US$ 113 por tonelada e de US$ 103 por tonelada no segundo semestre do ano. A casa lembra ainda que a demanda chinesa por aço está fraca, e que o minério de ferro atingiu o pico em abril e maio, após cair para cerca de US$ 80 por tonelada em outubro e novembro de 2021 e 2022.
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“O preço das ações da Vale permanece fortemente correlacionado com o minério de ferro, e o risco idiossincrático parece inclinado para o lado negativo, considerando os passivos da Samarco”, observam os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott. Ainda assim, no longo prazo, continuam positivos com base na “forte qualidade dos ativos” da Vale e no potencial de melhorar o desempenho operacional.
Eles destacam que não rebaixaram a recomendação para venda considerando a geração de caixa e dividendos da Vale, com rendimento de 8%. Além disso, levaram em conta o baixo estoque de minério de ferro e aço na China, que pode sustentar preços em torno de US$ 100 a tonelada contra US$ 80 a tonelada em 2021-22, somado ao potencial para a demanda imobiliária chinesa melhorar mais rápido do que o esperado.
A companhia vai reportar os dados de produção amanhã (18), após o fechamento do mercado.