Coca-Cola diz que aumento de custo com alumínio é administrável

O CEO da Coca-Cola afirma que a empresa tem capacidade de lidar com o aumento de custos com alumínio devido às novas tarifas impostas pelos EUA.

James Quincey, presidente do conselho e CEO da Coca-Cola, defendeu que a empresa tem formas de se proteger de um eventual salto no preço do alumínio diante dos novos direcionamentos comerciais do governo dos Estados Unidos. Nessa semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ações que impõem tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio e cancelou as isenções de cotas livres de impostos para fornecedores como México e Brasil.

“A taxa [de 25%] não é insignificante. Mas não vai mudar radicalmente um negócio americano de bilhões de dólares. É um problema possível de se administrar no mercado. Não podemos concluir que isso é uma grande mudança. É um custo que vamos ter de administrar. Seria melhor não ter [esse custo], mas vamos administrar”, disse o executivo, durante conferência de resultados para apresentar os números do quarto trimestre do ano passado.

Quincey iniciou seu argumento destacando que a questão da tarifa sobre o alumínio é algo a afetar predominantemente a região da América do Norte, mais especificamente os Estados Unidos. “Essa é uma peça do nosso quebra-cabeça. É um dos nossos mercados”, disse.

O executivo disse que a empresa tem alternativas, como trocar o uso do alumínio por outras embalagens a depender do cenário que vai se impor à indústria. “Acho que controlamos variáveis que podemos adaptar e mitigar o que está acontecendo”, disse, apontando também instrumentos de hedge, que já são usados pela empresa em materiais centrais.

“Essa é uma oportunidade de administrar o nosso mix. Vamos olhar os fornecedores que são fortes. Acho que isso [o possível aumento do alumínio] é mitigável e possível de se administrar”, disse.

O tema ocupou uma parcela significativa da teleconferência, que para além da questão do alumínio abordou ainda eventuais desafios para a multinacional diante de um possível revés do comércio global.

Questionado sobre o cenário atual para o comércio global, Quincey disse que apesar de uma gigante internacional, a Coca-Cola tem um negócio que usa de forma massiva os produtores locais. “Somos um negócio local quando falamos da grande maioria do que a gente produz”, disse.

 

 

 

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