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Comissão Europeia quer que países do bloco explorem ‘centros de retorno’ de imigrantes fora da UE
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu a exploração de “centros de retorno” fora da União Europeia (UE) em uma carta aos líderes do bloco sobre migração irregular, representando seu mais forte apoio até agora ao controverso projeto.
Em uma mudança de política em relação aos anos anteriores, ela propôs que migrantes que não têm direito a permanecer na UE sejam enviados para “centros de retorno” em países fora da UE, com os quais o bloco fará acordos.
“Devemos explorar possíveis caminhos a seguir em relação à ideia de desenvolver centros de retorno fora da UE, especialmente em vista de uma nova proposta legislativa sobre retornos”, afirma a presidente da Comissão.
Na carta, Leyen cita um acordo entre a Itália e a Albânia como um possível modelo para o projeto, sob o qual a Itália pode enviar até 36 mil migrantes irregulares por ano para duas instalações na Albânia, onde aguardariam deportação.
O pacto Itália-Albânia, que associações de direitos humanos afirmam estar em violação da lei internacional, foi assinado pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e seu homólogo albanês, Edi Rama, em novembro do ano passado.
Como parte do acordo financiado pela Itália, três instalações foram formalmente abertas na Albânia na semana passada: um centro com capacidade para acolher 880 solicitantes de asilo, um centro de pré-deportação com 144 vagas, e uma pequena prisão com 20 vagas. O primeiro navio italiano transportando migrantes para a Albânia partiu na segunda-feira (14).
A carta de Leyen foi divulgada poucos dias antes dos líderes da UE se reunirem na quinta-feira (17) e sexta-feira (18) para uma cúpula sobre migração, já que a comissão afirmou que proporá novas medidas.
Os migrantes irregulares que chegaram à Europa no ano passado foram menos de um terço do milhão de pessoas no auge da crise migratória em 2015, mas o assunto continua sendo muito sensível, influenciando eleições na maioria dos países europeus e aumentando o sentimento de apoio à extrema direita.
*Com informações do Valor Econômico
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