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A gigante de proteína animal JBS está com nova aposta. Inicia neste mês as operações da Genu-in, empresa que produzirá peptídeos de colágeno e gelatina a partir da pele de bovinos da cadeia de produção da JBS. O investimento no negócio foi de R$ 400 milhões, de olho em um mercado que movimenta US$ 4 bilhões e que cresceu acima de 15% anualmente nos últimos cinco anos, segundo a consultoria americana Allied Market Research.
A nova empresa venderá peptídeos e gelatina para as indústrias alimentícia, farmacêutica e de cosméticos. Os peptídeos de colágeno são minúsculas partículas de proteína que agregam amionoácidos e ajudam na hidratação da pele, redução de rugas, regeneração de cartilagem e combate à perda de massa muscular, por exemplo.
“É uma empresa que já nasce grande, se posicionando entre os três maiores ‘players’ do mercado, com 10% do mercado global de peptídeos e gelatina de pele bovina”, conta Claudia Yamana, diretora da nova empresa do grupo.
O investimento de R$ 400 milhões ficou acima dos R$ 280 milhões previstos em fevereiro de 2021, quando a JBS anunciou a empreitada. O maior aporte, explica a empresa, se deve ao aumento de preços do aço, cobre, materiais para fabricação dos equipamentos e despesas com transporte.
A Genu-in vai ser a principal brasileira com essa atuação. Concorrente direta da JBS no processamento de proteína bovina, a Marfrig, por exemplo, apenas vende os subprodutos de sua produção para empresas fabricantes de colágeno e gelatina. Globalmente, as maiores concorrentes são a alemã Gelita e a Rousselot, da americana Darling Ingredients. As duas têm operações no Brasil.