Credit Suisse corta recomendação de Petrobras de compra para neutra

Preço-alvo de ADRs da estatal caiu de US$ 20 para US$ 16

Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Credit Suisse cortou a recomendação de Petrobras de compra para neutra e o preço-alvo dos recibos de ações (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) de US$ 20 para US$ 16, potencial de alta de 14,6% sobre o fechamento da última sexta-feira.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que a estatal deve apresentar resultados robustos no terceiro trimestre, mas as ações já precificam isso e a assimetria de curto prazo é desfavorável com os riscos do segundo turno das eleições.

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“Nós estamos assumindo o risco de ficar de fora da Petrobras quando os fundamentos sugerem o contrário”, comentam. Eles afirmam que os papéis podem até subir após as eleições, mas preferem manter uma posição mais conservadora.

O resultado das eleições podem pressionar a Petrobras em três frentes, política de preços, investimentos e pagamento de dividendos, comentam. “Não estamos preocupados com a política de preços em si, mas com a queda do petróleo.”

Eles apontam que a combinação de queda do petróleo e um aumento de investimento (capex) pode colocar em risco o pagamento de dividendos, trazendo riscos aos papéis caso o mercado comece a precificar esse cenário.

O banco também atualizou estimativas para Petrobras, reduzindo projeção de Ebitda em 7% neste ano, a US$ 67 bilhões, e mantendo números para os próximos anos. Também elevaram estimativas de custo de capital a 21%.

Eles acreditam que os números da Petrobras no terceiro trimestre virão fortes, em linha com o preço médio do Brent em US$ 98 o barril no período, estimando que a companhia pode anunciar pagamento de US$ 6 bilhões a US$ 9 bilhões em dividendos.

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