Cyrela deve focar em segmento de média renda ante ‘ano desafiador’, afirma BofA

A construtora Cyrela, frente a um “ano desafiador”, deve concentrar seus esforços no segmento de média renda e na região de São Paulo

Edifícios residenciais em construção. Foto: Pixabay
Edifícios residenciais em construção. Foto: Pixabay

A construtora Cyrela, frente a um “ano desafiador”, deve concentrar seus esforços no segmento de média renda e na região de São Paulo, de acordo com o Bank of America (BofA). O banco realizou uma teleconferência com o diretor financeiro da companhia, Miguel Mickelberger, na última semana.

Os analistas Carlos Peyrelongue, Aline Caldeira e Gabriel Carvalhal afirmam que a perspectiva é de que o primeiro semestre de 2022 seja forte, seguido por desaceleração nos meses seguintes. A Cyrela pretende manter o nível de lançamentos em patamar similar ao de 2021 por meio de um melhor mix de negócios.

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Os projetos de renda média devem ganhar mais participação ante a Vivaz, segmento de baixa renda, enquanto os projetos de alta renda da marca Cyrela devem se estabilizar. São Paulo continua sendo a principal região para companhia, seguida pelo Rio de Janeiro e uma menor participação da região Sul em 2022.

“No entanto, esse objetivo está sujeito às condições de mercado, com o aumento da oferta já enfrentando uma demanda em desaceleração”, ponderam os analistas.

O banco de terrenos, segundo o BofA, deve ficar em um patamar “confortável” nos próximos dois anos, com possibilidade de aquisições enquanto os preços dos terrenos se ajustam às novas condições de demanda.

Os custos trabalhistas e a capacidade de repasse da inflação, segundo a companhia, são os principais fatores de atenção. As margens brutas da companhia devem sofrer pressão neste ano em razão dos maiores custos de mão de obra, apesar da queda de preços de matérias-primas.

Ainda de acordo com o BofA, a Cyrela opera uma estratégia de produto resiliente bem diversificada ante a “demanda desafiadora”. Um dos reflexos deste cenário, segundo os analistas, pode ser um menor volume de dividendos extraordinários.

A recomendação do Bank of America para os papéis ordinários da Cyrela é de compra, com preço-alvo de R$ 26, o que representa potencial de alta de 62,7% ante a cotação registrada há pouco.

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