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De julho para setembro: por que o Goldman Sachs adiou previsão de início dos cortes do Fed
O Goldman Sachs jogou para frente a sua projeção para o primeiro corte do ciclo de flexibilização monetária do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos. Agora, o time de economistas do banco espera que o início dos cortes será na reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), ao invés da previsão anterior de julho.
Apesar da mudança quanto ao começo do ciclo, o Goldman manteve a sua projeção de que o Fed vai cortar os juros duas vezes este ano, ambas em 0,25 ponto percentual, com a segunda redução na reunião de dezembro do Fomc.
“Observamos que os comentários das autoridades do Fed sugeriram que um corte em julho provavelmente exigiria não apenas números melhores de inflação, mas também sinais significativos de suavização na atividade ou nos dados do mercado de trabalho. Após os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) mais fortes de maio e os pedidos de seguro-desemprego mais baixos, isso não parece ser o resultado mais provável”, diz a nota assinada pelo economista-chefe para Estados Unidos do Goldman Sachs, David Mericle.
Ontem, o PMI composto americano – que engloba os setores de serviços e indústrias – subiu a 54,4 pontos, maior nível em mais de dois anos. Para Mericle, a reunião de setembro do Fed terá disponível mais duas leituras de inflação em comparação com o encontro de julho, o que dará mais evidência de que os preços estarão convergindo em direção à meta de 2%.
Ainda assim, o economista pondera que prever os próximos movimentos do Fed ainda é uma tarefa complicada, já que o ritmo forte da economia torna os cortes de juros opcionais ao Fed, o que diminui a urgência. Além disso, embora espere melhora, ele admite que a inflação não deve estar tão próxima da meta do banco central até setembro.
Por fim, Mericle cita que parte dos integrantes do Fomc não estão tão relaxados com a trajetória da inflação, o que os torna menos inclinados a cortar os juros. “Essa ampla gama de opiniões aumenta a incerteza sobre o que o Comitê escolheria fazer, mesmo que nossa previsão de inflação se confirme”, diz.
Com informações do Valor Econômico
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