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‘Dinheiro esquecido’ nos bancos volta a ficar disponível; saiba como consultar e resgatar
O Banco Central reabriu a plataforma do Sistema de Valores a Receber (SVR) para consulta do “dinheiro esquecido” nos bancos. O sistema informa apenas se há ou não algum valor a receber. Informações sobre a quantia e a data de liberação do dinheiro já estão disponíveis.
- Para acessar seus valores (pessoa física) ou de pessoas falecidas, sua Conta gov.br precisa ser de nível prata ou ouro.
- Para acessar valores de pessoa jurídica, sua Conta gov.br precisa ter o CNPJ a ela vinculado.
De acordo com relatório do Banco Central do Brasil, há cerca de R$ 6 bilhões de valores esquecidos para 38 milhões de CPFs e 2 milhões de CNPJs. O mesmo relatório mostra que 643.105 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 a sacar.
Os dados do relatório mostram ainda que 4,6 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos. A maior parcela de beneficiários, no entanto, é de quem tem até R$ 10: estes são, ao todo, 29,2 milhões de pessoas.
De onde vem o dinheiro esquecido nos bancos?
Os ‘valores esquecidos’ podem ser créditos decorrentes de:
• Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
• Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
• Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;
• Reembolso de tarifas cobradas indevidamente;
• Reembolso de parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas;
• Contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas com saldo disponível;
• Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível;
• Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Uma pessoa pode ter mais de uma conta aberta?
Os números são referentes ao total de contas – uma pessoa pode ter mais de uma conta aberta com dinheiro esquecido. Os dados divulgados nesta semana pelo Banco Central são referentes a janeiro de 2023.
Confira a quantidade de beneficiários por faixa de valores a receber:
- acima de R$ 1.000,01: 643.105 contas | 1,37% do total;
- entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 4.694.862 contas | 10,03% do total;
- entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 12.195.837 contas | 26,05% do total;
- entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 29.282.110 contas | 62,55% do total.
Como consultar
O Banco Central ressalta que o único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br.
A consulta aos valores esquecidos estava suspensa desde abril de 2022, assim como os saques. Será permitido o saque dos recursos também pelos herdeiros e representantes legais dos falecidos.
Novidades
Além do retorno do SRV, o BC anunciou mudanças nas consultas e saques para os usuários. Veja abaixo:
- Inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR, ampliando a possibilidade e o montante a receber.
- Compartilhamento e impressão das telas e protocolos de solicitação do SVR, inclusive pelo WhatsApp, facilitando o acesso e guarda das informações do sistema.
- Sala de espera virtual para manter o SVR aberto por prazo indeterminado, com acesso sem agendamento.
- Consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal, informando os dados de contato da instituição responsável pelo valor e a faixa de valor.
- Mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares solicitar o valor via SVR, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações da solicitação: valor, data e CPF de quem solicitou.
Dicas para não cair em golpes
A primeira dica para não cair em golpes se refere a mensagens recebidas pelo WhatsApp para resgatar os valores esquecidos via PIX. Nesse caso, o BC orienta a ignorar as mensagens e, principalmente, não clicar em links.
Esses links, informa a instituição, roubam senhas em redes sociais e podem instalar vírus e programas espiões no celular.
Informações oficiais sobre valores a receber e sobre a consulta ao sistema são divulgadas apenas no site do Banco Central e nas redes oficiais da instituição, e não por meio de aplicativos de mensagens ou SMS.
Confira, abaixo, dicas para não cair em golpes:
- O Banco Central não envia links e não entra em contato com os clientes para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais;
- Ninguém está autorizado a entrar em contato com os clientes em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber;
- Nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram;
- Não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos;
- O único site para saber informações sobre valores a receber é https://valoresareceber.bcb.gov.br/.
Com informações do Banco Central do Brasil e reportagem de André Catto, do g1.
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