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A alta da Selic vai derrubar a cotação do dólar no Brasil?
No mesmo relatório em que projeta uma alta da Selic, o Itaú Unibanco estima um alívio na cotação do dólar nos próximo meses. O cenário esperado pelo banco também leva em consideração o início do ciclo de queda dos juros nos Estados Unidos.
Antes de tudo, o Itaú baixou de R$ 5,50 para R$ 5,40 a previsão para a moeda americana no fim de 2024. Bem como de R$ 5,50 para R$ 5,20 o valor da divisa no encerramento de 2025.
Já para a Selic, o banco elevou de 10,50% para 11,75% a projeção no término de 2024. A instituição ainda coloca na conta um aperto adicional no começo de 2025, o que levará a taxa de juros a 12%.
Enquanto nos Estados Unidos, conforme o Itaú, os juros serão reduzidos em 0,25 ponto percentual a partir deste mês. No total, o banco prevê uma flexibilização de 200 pontos.
Portanto, do intervalo de 5,25% a 5,50 para 3,25% a 3,50% no encerramento do ciclo.
Por que a cotação dólar vai cair?
Sobretudo porque o aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos tende a favorecer o real. A explicação é de Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú, em relatório.
Atualmente, o dólar é negociado acima de R$ 5,60. O que sugere uma baixa de 20 centavos até 31 de dezembro.
“O real seguiu pressionado ao longo do último mês, com descolamento significativo em relação a outras moedas. Apesar de algum alívio no cenário internacional, com o dólar recuando contra diversas divisas, a moeda brasileira teve performance pior do que as demais. Refletindo o prêmio de risco elevado, a queda de preços de commodities e as incertezas acerca do possível ciclo de aperto monetário por parte do Banco Central”, detalha Mesquita.
“Apesar do prêmio de risco ainda elevado e da deterioração observada ao longo da primeira metade do ano nas contas externas, acreditamos que, diante da perspectiva de início de um ciclo de corte de juros pelo Fed (maior do que esperávamos anteriormente) e de alta da taxa Selic pelo BCB, o diferencial de juros deve se tornar mais atrativo. Incentivando o fluxo de dólares para o país e acarretando numa moeda mais apreciada no médio prazo”, afirma o economista-chefe do Itaú.
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