Dólar cai com receio crescente de recessão nos EUA; ouro avança

Moeda americana é vendida perto de R$ 4,75 nesta quarta-feira (30)

Fachada da sede do Federal Reserve, em Washington D.C. (Foto: Stefan Fussan/Creative Commons)
Fachada da sede do Federal Reserve, em Washington D.C. (Foto: Stefan Fussan/Creative Commons)

O dólar é negociado em queda em relação às principais moedas nesta quarta-feira (30), em meio aos crescentes receios de que a economia dos Estados Unidos esteja a caminho de uma recessão, diante da expectativa de uma postura mais agressiva por parte do Federal Reserve, o banco central americano, na gestão da política monetária. O movimento favorece o ouro, mas o foco do mercado segue no comportamento dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA, considerados porto seguro em crises.

Às 9h20, o dólar comercial perdia 0,38%, vendido a R$ 4,7450. Já o contrato futuro do ouro para abril subia 0,59%, a US$ 1.929,30 a onça-troy. Nos bônus, o rendimento (yield) do papel referencial de 10 anos estava em 2,405%, de 2,401% na sessão anterior; enquanto o yield da T-bill de 2 anos estava em 2,334%, de 2,375%, na mesma comparação.

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Ontem, a breve inversão da curva de juros ontem, com a diferença (spread) do yield entre o título soberano dos EUA de 2 anos superando momentaneamente o do papel referencial de 10 anos, recebeu atenção do mercado. Uma inversão da curva de rendimentos entre esses bônus pode indicar uma recessão.

O receio dos investidores é de que o Federal Reserve aumente a taxa de juros dos EUA muitas vezes neste ano e no próximo, em um esforço para combater a inflação alta, sob o risco de prejudicar o crescimento econômico. “É difícil para o Fed engendrar uma aterrissagem ‘suave’ da economia enquanto os yields dos Treasuries disparam”, diz a gestora de ativos Louis Navellier.

Para o Deutsche Bank, a leitura atual do cenário é consistente com a probabilidade de recessão de cerca de 50% no próximo ano, em meio à queda na confiança dos consumidores, o que significa, na prática, que as empresas que não terão um aumento das encomendas e podem estar à beira de uma recessão nos próximos meses.

(Do Valor PRO, o sistema de notícias em tempo real do Valor Econômico)

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