Dólar sobe a R$ 5,05 com piora na aversão a risco externa

Decisões do Copom e do Fed são os destaque na agenda dos investidores durante a semana

Neste semestre, o dólar sofreu uma queda de 9,27%, a maior em sete anos. (Foto: Pixabay)
Neste semestre, o dólar sofreu uma queda de 9,27%, a maior em sete anos. (Foto: Pixabay)

Na medida em que o dólar continua a ganhar força no exterior, a moeda americana vai às máximas do dia contra o real e, agora, já ultrapassa o nível de R$ 5,05, no momento em que a reprecificação dos ativos globais em torno de um ambiente de menor liquidez global continua a ocorrer.

Por volta das 14h20, o dólar saltava 2,21%, negociado a R$ 5,0517 no mercado à vista, após máxima de R$ 5,0542, enquanto o dólar futuro para junho avançava 1,59%, para R$ 5,0975. No mesmo horário, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas principais, disparava 0,65%, a 103,63 pontos.

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“Embora o real permaneça ostentando o melhor desempenho entre as principais moedas este ano, parte importante desse desempenho estelar foi revertida nos últimos dias”, apontam os profissionais do Santander em relatório semanal, ao comentarem sobre o desempenho recente do mercado de câmbio. Para eles, o movimento está mais ligado a temas globais, como a possibilidade de uma desaceleração econômica mais forte no mundo e comentários mais “hawkish” (agressivos) de dirigentes de bancos centrais de países avançados.

Na avaliação dos profissionais do Santander, as circunstâncias adversas no exterior “acenderam o modo ‘risk-off’ nos mercados globais, que – juntamente com o declínio das cotações de commodities – provavelmente levaram a alguma realização de lucros no real”. Eles acreditam que a moeda brasileira não deverá se desvalorizar muito mais dado o amplo diferencial de juros e os níveis ainda favoráveis dos preços das commodities. “Entretanto, julgamos que o movimento foi um lembrete importante de que a volatilidade não deve desaparecer diante de um mar de incertezas (tanto em nível local quanto global)”, dizem os profissionais.

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