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Dólar chega a R$ 5,44 com risco fiscal no radar
O dólar opera nos maiores níveis desde 27 de janeiro nesta quarta-feira, tendo alcançado os R$ 5,44 na máxima até o momento. O movimento reflete a guinada da divisa americana no exterior, diante do aumento dos temores de recessão nas principais economias globais. O plano doméstico também não favorece diante das pressões fiscais e os investidores se seguem monitorando a tramitação da “PEC das Bondades” na Câmara.
Perto de 12h15, o dólar operava em alta de 0,78%, a R$ 5,4314 no mercado à vista. Na máxima, foi a R$ 5,4414; na mínima, ficou em R$ 5,3939.
No mesmo horário acima, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, avançava 0,49%, a 107,06 pontos, no maior patamar em 20 anos.
Enquanto o dólar atingia as máximas por aqui, os principais índices acionários americanos operavam com maior viés de queda. Ainda no exterior, pesam também os recuos nos contratos de petróleo tipo Brent e WTI, que operam com queda de quase 4%.
O aumento dos indícios de recessão nos Estados Unidos – e em outros economias desenvolvidas – vem preocupando ainda os investidores, reduzindo o apetite por risco e aumento a busca por segurança. Nesse cenário, investidores aguardam a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que pode dar mais indicações sobre a trajetória da política monetária americana.
Já no plano doméstico, a agenda de indicadores traz o foco novamente para a política, à medida que a “PEC das Bondades” deve ser votada na Câmara dos Deputados sem alteração do conteúdo aprovado pelo Senado. A possibilidade de ampliação de benefícios, o que resultaria num impacto fiscal maior, ainda preocupa o mercado.
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