Dólar se mantém em alta e ronda os R$ 5,50, alinhado com pares emergentes
O dólar se mantém em alta firme na tarde desta quinta-feira, nos maiores níveis desde janeiro. O movimento acontece em linha com o desempenho de outras moedas emergentes, em um momento no qual o desempenho do câmbio também tem sido afetado pelo aumento nas incertezas fiscais e políticas internas.
Perto das 16h05, o dólar subia 0,74%, cotado a R$ 5,5010 no mercado à vista. Na máxima, foi a R$ 5,5144, maior nível desde 25 de janeiro. O dólar futuro para agosto subia 0,49%, aos R$ 5,5135
No horário acima, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas de seis divisas principais, recuava 0,16%, aos 106,91 pontos. Ante outras moedas emergentes, o dólar subia 0,32% contra o peso chileno; 0,53% ante o peso mexicano; 0,65% diante da lira turca e 1,07% contra o peso colombiano.
Os mercados globais passam por uma sessão volátil, enquanto investidores ainda avaliam a decisão do política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que aumentou suas taxas de juros pela primeira vez desde 2011, em 0,50 ponto percentual — surpreendendo parte do mercado, que aguardava uma elevação de 0,25 ponto.
A confirmação dos temores recentes de uma postura mais agressiva dos bancos centrais das principais economias, com a decisão do BCE de hoje, intensifica o clima mais negativo para ativos de risco globalmente que, localmente, é intensificado pelas questões políticas e fiscais. “Por aqui, a situação fiscal está ruim, há preocupações com a política e o cenário de crescimento também é ruim”, destaca economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano.
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