Dólar e juros futuros podem ter pregão pautado por decisão do Copom
Selic foi elevada em 1 ponto percentual, para 11,75% ao ano
A decisão do Copom de não apenas dar uma alta de juro de 1 ponto percentual, mas também contratar um aperto de 1 ponto para a reunião de maio pode influenciar os ativos domésticos ao puxar para cima os juros de curto prazo e prover suporte ao real. O colegiado seguiu sinalizando que o aperto entrará no terreno significativamente contracionista.
A expectativa do estrategista de mercados emergentes do Citi em Nova York, Alvaro Mollica, é que a ponta curta da curva de juros seja negociada estável ou em leve alta e que a estrutura a termo se achate, enquanto o real pode ter uma sessão positiva assumindo que o ambiente de “risk-on” de ontem se estenda para hoje.
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“O principal risco a ser monitorado nos próximos dias é se a estratégia do Copom de indicar um patamar terminal mais elevado para a taxa Selic interromperá o processo em curso de desancoragem das expectativas de inflação, especialmente para os horizontes mais longos (final do ano 2023-24)”, dizem Leonardo Porto, Thais Ortega e Paulo Lopes, economistas do banco americano, em nota a clientes.
No exterior, os ativos globais amanhecem mistos, com leve alta dos índices acionários na Europa e perda de fôlego dos futuros de Nova York. Já os rendimentos dos títulos soberanos globais caíam, na medida em que investidores migram de ativos arriscados para “portos seguros”, enquanto o dólar global diminuía em relação a seis rivais fortes. A moeda operava com oscilações estreitas e sem direção única ante divisas emergentes. Já os preços do petróleo retomavam a alta firme, com agentes do mercado atentos às negociações entre Ucrânia e Rússia.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico