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Dólar perde força após bater R$ 5,86, na máxima em mais de três anos
O dólar hoje perdeu fôlego durante a tarde desta segunda-feira (5) após tocar o seu maior nível intradiário desde março de 2021. A disparada mais cedo veio diante de um movimento global de aversão ao risco provocado por temores de recessão econômica nos Estados Unidos.
Desde o fim da manhã, quando foi divulgado o resultado do PMI de serviços americano do ISM, o dólar já moderava o movimento de alta diante de uma pressão menor vinda do exterior.
Bolsas dos EUA
Lá fora, Wall Street reduziu as perdas depois que o S&P Global divulgou o índice de gerente de compras (PMI) de serviços de julho dos EUA, que revelou que o setor segue aquecido em meio a um aumento de novos pedidos. Segundo a pesquisa, isto teria levado a um aumento da confiança dos negócios no futuro e a novas contratações.
Segundo o S&P Global, o PMI de serviços de julho ficou em 55, ante 55,3 em junho. Já o PMI composto recuou ligeiramente de 54,8 para 54,3. Ambos os índices encontram-se bem acima do limite de 50 pontos, que separa o território expansionista da contração.
Por volta das 15h20, Nasdaq caía 3,38%, S&P 500 recuava 2,78% e Dow Jones tinha perdas de 2,29%.
O suporte vem também do fato de o índice de atividade do setor de serviços do ISM ter vindo a 51,4 em julho, acima do consenso de 50,9.
Mercados da Europa
Ainda na externa, os principais índices acionários europeus encerraram a segunda-feira (5) em queda firme. Também em meio a forte aversão ao risco global por conta dos temores de que os Estados Unidos entre em recessão após uma leva de dados fracos da economia do país divulgados nos últimos dias.
O índice Stoxx 600 caiu 2,17%, a 487,05 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu 1,42%, para 7.148,99 pontos. O DAX, de Frankfurt, por sua vez, recuou 1,82% a 17.339,00 pontos. O FTSE 100, da bolsa de Londres, teve queda de 2,04%, para 8.008,23 pontos.
As fortes perdas na Europa aconteceram na esteira da derrocada do índice Nikkei, do Japão, que fechou registrando a maior queda desde 1987, recuando 12,4%.
“O sell-off global abrupto sugere uma perda significativa de confiança, embora não esteja claro se os dados mais brandos dos EUA estão de acordo com uma desaceleração benigna do crescimento ou se sugerem um pouso forçado real e uma recessão”, disse Kallum Pickering, economista-chefe da Peel Hunt, em nota.
Nesse contexto, o VIX, que mede a volatilidade do mercado, subiu mais de 100%, a 45,75%.
Com informações do Valor Econômico
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