Dólar salta a R$ 5,91 com Gleisi na articulação política de Lula e bate-boca entre Trump e Zelensky

O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira em forte alta, avançando 1,5% frente ao real, em um pregão em que os analistas já esperavam uma postura mais defensiva por parte dos investidores devido ao fechamento dos mercados brasileiros na segunda e na terça-feira por conta do carnaval.

Não bastasse isso, a indicação da deputada Gleisi Hoffmann (PT-SP) à Secretaria de Relações Institucionais (SRI) foi muito mal recebida pelos investidores, dado que o cargo é responsável pela articulação política do governo, e os agentes temem que pautas econômicas (em especial de corte de gastos) agora tenham mais dificuldade de progredirem.

Ainda no pregão desta sexta-feira houve uma piora no cenário global para os ativos de risco, com a discussão entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Diante disso, moedas de mercados emergentes passaram a depreciar com intensidade nesta tarde, em especial divisas do leste europeu.

Dólar fecha a semana em alta

Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou apreciação de 1,50%, cotado a R$ 5,9162, bem perto da máxima atingida no dia, de R$ 5,9182, enquanto a mínima foi de R$ 5,8229.

No acumulado da semana, o dólar registrou valorização de 3,24%, enquanto no mês a alta acumulada foi de 1,35%.

Já o euro comercial encerrou o dia em alta de 1,13%, cotado a R$ 6,1329. Na semana, o euro avançou 2,30%, enquanto no mês de fevereiro o euro apreciou 1,28%.

Perto das 17h20, o índice DXY, que compara a moeda americana a uma cesta de outras seis divisas fortes, exibia valorização de 0,34%, aos 107,606 pontos. As piores moedas do dia frente ao dólar, da relação das 33 mais líquidas, eram rublo russo, real, rand sul-africano, peso chileno, florim da Hungria e zloty polonês.

Com informações do Valor Econômico