Mercado hoje: Ibovespa recebe ‘mãozinha’ amiga de NY e fecha com alta discreta; dólar sobe

Ibovespa sustenta os 118 mil pontos, em alta de 0,43%; dólar comercial subiu 0,26%, cotado a R$ 4,807

Painel mostra desempenho de ações na bolsa de valores. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Painel mostra desempenho de ações na bolsa de valores. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

A decepção com o crescimento da China, abaixo do esperado pelos analistas, deu o tom dos mercados nesta segunda-feira (17) morna para o investidor brasileiro. O Ibovespa ficou praticamente no zero a zero e, não fosse a ‘mãozinha’ das bolsas americanas, a cesta com as principais ações listadas na B3 dificilmente conseguiria sustentar a alta de 0,43%, fechando o pregão aos 118.219,46 pontos.

Na ponta do câmbio, o dólar comercial subiu 0,26%, cotado a R$ 4,807. A explicação para isso foi uma corrida global pela proteção da moeda mais forte do mundo, em um dia marcado pela queda nos preços das commodities.

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Ibovespa virou no final e fechou em alta

Foi um dia em que pouco se esperava da Bolsa. Isso porque desde antes da abertura se sabia que a China, a segunda maior economia do mundo, tinha crescido menos do que o esperado. O país asiático cresceu 6,3% no segundo trimestre de 2023 ante igual período de 2022. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que esperavam alta de 6,9%.

Com tudo isso, os analistas revisaram para baixo o preço das commodities, que têm na China seu principal mercado comprador. A Vale (VALE3) caiu 1,11%, com a cotação do minério de ferro recuando. E a Petrobras (PETR4), que chegou a descer mais de 3%, terminou até com uma queda leve de 0,21%. As duas companhias têm pesos determinantes para o Ibovespa.

Melhores e piores da bolsa

Entre todas as ações da bolsa, o destaque positivo ficou com a varejista Westwing (WEST3), uma loja de decoração online criada em 2011, que subiu 11,03%, seguida pela Lojas Marisa (AMAR3), que avançou 10,13%, ambas fora do Ibovespa.

Em comunicado divulgado hoje, a Marisa informou a conclusão das principais ações de seu plano de reestruturação financeira e otimização operacional apresentado em 31 de março de 2023. Das 92 lojas identificadas com geração de caixa negativo, a companhia optou pelo fechamento de 88, agrandando o mercado.

Na ponta inferior, a BR Propert (BRPR3) liderou as quedas, acompanhada pela Light (LIGT3), companhia de energia que sofre com ruídos envolvendo seu plano de recuperação judicial.

A lista contempla todas as ações da B3 com movimentação de mais de R$ 1 milhão no dia e foi atualizada às 17h30, podendo haver alterações.

Melhores ações

Westwing (WEST3): + 11,03%
Lojas Marisa (AMAR3): + 10,13%
Pine (PINE4): + 8,30%
Hidrovias (HBSA3): + 7,35%
Plano e Plano (PLPL3): + 5,46%

Piores ações

BR Propert (BRPR3): – 6,61%
Light (LIGT3): -5,33%
IRB (IRBR3): -3,56%
BRF (BRFS3): -2,92%
Helbor (HBOR3): -2,46%
Armac (ARML3): -2,09%.

Bolsas americanas em alta

As bolsas americanas confirmaram uma tendência observada ao longo do dia e fecharam o pregão em alta, apoiadas pelos bons resultados corporativos locais.

Em Nova York, Dow Jones subiu 0,22%, aos 34.585 pontos. S&P avançou 0,38%, aos 4.522 pontos. E Nasdaq teve alta de 0,93%, aos 14.244 pontos.

Os destaques ficaram para Apple e Tesla. Os papéis da dona do iPhone registrou alta de 1,73% após um relatório produzido pelo Morgan Stanley, banco que elevou o preço alvo das ações em virtude de uma esperada alta de encomendas na Índia.

A Tesla, de Elon Musk, subiu impressionantes 3,19% após anunciar a abertura de uma nova fábrica na Alemanha, de olho no importante mercado europeu para carros elétricos.

Dólar em alta

O dólar fechou o dia em alta de 0,26%, cotado a R$ 4,807. O grande motor para a alta da divisa americana foi também a China e seu PIB abaixo do esperado.

Na parte da tarde, o dólar manteve a alta principalmente sobre as moedas emergentes, em especial as de países exportadores. Enquanto isso, o índice DXY – indicador que mede o desempenho do dólar dos EUA em relação a uma cesta ponderada de moedas internacionais fortes, como o euro, iene e libra esterlina, passou a cair levemente, com a melhora dos ativos de risco em Nova York.

Aqui no Brasil, o dólar chegou a tocar nos R$ 4,85 na máxima do dia. A menor cotação do pregão foi de R$ 4,7987. Às 17h04, o dólar futuro para agosto subia 0,34%, a R$ 4,8215. Lá fora, o índice DXY operava em queda de 0,07%, aos 99,847 pontos. O euro tinha ganho de 0,09%, a US$ 1,1239. E a libra recuava 0,16%, para US$ 1,3072.

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