Ibovespa volta aos 120 mil pontos com alta de 1,81%; em queda, dólar vai a R$ 4,77

Calmaria nos mercados deve ser quebrada na semana que vem com a decisão de política monetária nos Estados Unidos

Painel mostra desempenho das ações na Bolsa de Valores brasileira B3 - Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Painel mostra desempenho das ações na Bolsa de Valores brasileira B3 - Foto: Amanda Perobelli/Reuters

A sexta-feira (21) no mercado brasileiro foi marcada pelo otimismo e maior apetite por risco apesar de uma nova sessão com a agenda econômica esvaziada. O pregão marcou a data de vencimento de opções de ações, o que deixou a bolsa brasileira mais volátil.

Ao final das negociações, o Ibovespa fechou em alta de 1,81%, chegando aos 120.216 pontos. O dólar teve queda de 0,47%, e terminou o dia cotado em R$ 4,77 após subir para R$ 4,80 na quinta.

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A alta desta sexta foi a maior do índice em um mês. Com o avanço, o índice subiu 2,16% na semana. Até ontem, o índice “andava de lado”.

O que fez o Ibovespa subir mais nesta quinta-feira?

A alta do Ibovespa foi puxada, principalmente, por altas nas ações de Petrobras (PETR3; PETR4) e no setor bancário. As instituições do setor nacional pegaram um “embalo” nos bons balanços de bancos norte-americanos, que vieram acima do esperado, como afirma Marcus Labarte, sócio da GT Capital.

As ações ON (PETR3) e PN (PETR4) de Petrobras subiram 1,83% e 1,86%, respectivamente. Entre os bancos, todos acumularam ganhos, com destaque de altas de 2,86% para Bradesco ON (BBDC3) e de 3,27% para as ações preferenciais (BBDC4)

O gestor também destaca que altas de varejistas e companhias aéreas colaboraram para o saldo positivo da bolsa hoje. Ele elenca Via (VIIA3), Magalu (MGLU3), Gol (GOLL4) e Azul (AZUL3) entre os papéis da bolsa com altas expressivas.

“No caso das aéreas, a ANAC informou que a demanda por transporte aéreo cresceu 7,5% em junho”, afirma Labarte. Ele diz que foi o segundo mês em que a demanda do setor superou os níveis da pré-pandemia.

Por outro lado, as varejistas se beneficiam com a perspectiva de recuo dos juros em agosto, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne. A taxa DI, que representa a curva futura de juros, para 2025 e 2026 registrou queda nesta sexta.

Por enquanto este corte só foi sinalizado no Brasil em relação a outras economias mundiais, aponta Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank.

Melhores e piores ações da bolsa nesta sexta-feira (21)

A maior alta da bolsa de valores com o fechamento de mercado desta sexta-feira foi a ação da Sinqia (SQIA3), que disparou após a companhia ser avaliada em R$ 2,3 bilhões em uma operação de M&A a ser realizada pela Evertech, plataforma de finanças de Porto Rico. Os papéis da empresa decolaram 14,86% nesta sexta-feira.

Por outro lado, em um dia de poucas baixas na bolsa, o primeiro lugar de pior desempenho ficou com a 3 Tentos (TTEN3), cujas ações caíram 4,06%.

A lista de melhores e piores contempla todas as ações da B3 com movimentação de mais de R$ 1 milhão no dia e foi atualizada às 17h30, podendo haver alterações.

Confira a lista de melhores e piores ações da bolsa nesta sexta-feira (21):

Melhores

  1. Sinqia ON (SQIA3): +14,86%
  2. TC ON (TRAD3): +10,71%
  3. Azul PN (AZUL4): +8,82%
  4. PetroReconcavo (RECV3): +8,47%
  5. Gol PN (GOLL4): +7,56%

Piores

  1. 3 Tentos ON (TTEN3): -4,06%
  2. Eletromídia ON (ELMD3): -2,66%
  3. BR Properties ON (BRPR3) -2,48%
  4. OdontoPrev ON (ODPV3): -2,48%
  5. MarcoPolo PN (POLO4): -1,82%

Bolsas nos Estados Unidos

A agenda do investidor americano também foi esvaziada nesta sexta-feira. O mercado por lá está de olho na reunião do Fomc, comitê de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Na próxima semana, membros do colegiado se reúnem para definir o ajuste da taxa de juros do país.

Em meio à expectativa sobre a reunião do Fed, as bolsas de Nova York não formaram consenso. O S&P 500 encerrou o dia em leve alta de 0,03%, aos 4.536 pontos, enquanto o Dow Jones fechou praticamente “de lado”, com avanço de 0,01%, aos 35.227 pontos. A Nasdaq, contudo, teve queda mais volátil de 0,22%. O índice estacionou em 14.032 pontos.

Bolsas da Europa

Os mercados acionários europeus fecharam em alta, com os ganhos em Londres em destaque, favorecidos pelas vendas no varejo melhor que o esperado. O FTSE 100, subiu 0,23% a 7.663,73 pontos. Já Frankfurt contrariou seus pares e encerrou o pregão em queda de 0,17%, diante da fraqueza do setor de tecnologia após balanço decepcionante da fabricante de software SAP. Na semana, no entanto, os índices acionários ficaram no positivo, com o FTSE 100, em Londres, e o PSI 20, em Lisboa, acumulando mais de 3% de ganho.

O CAC 40, em Paris, avançou 0,65%, a 7.432 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,14%, a 28.855 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,55%, a 9.571 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,26%, a 6.179 pontos.

Com informações do Estadão Conteúdo

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