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Investimento em dólar protege nas crises; veja BDRs mais recomendadas
A guerra entre Ucrânia e Rússia provocou mudanças no mercado financeiro do mundo todo. Commodities estão se valorizando em detrimento de empresas de tecnologia. Segundo analistas, é possível aproveitar este movimento não só com ações brasileiras, mas também com BDRs.
“É sempre importante ter hedge em moeda estrangeira. Agora, empresas de commodities são as grandes beneficiadas, especialmente as de energia, óleo e gás”, diz Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos.
Ele recomenda as BDRs de Chevron (CHVX34), ConocoPhillips (COPH34) Exxon (EXXO34), Mosaic (MOSC34), Kinder Morgan (KMIC34) e Rio Tinto (RIOT34).
Segundo Crespi, as ações de big tech no momento estão com o custo pressionado, dado o ciclo de alta de juros e fragilidade no fornecimento de semicondutores, já que a maioria vem de Taiwan, atualmente sob pressão da China, que não aceita sua autonomia. Além disso, o dólar no Brasil tem se desvalorizado com o forte fluxo de estrangeiros para o Brasil em busca de maiores retornos.
Para Enzo Pacheco, analista da Empiricus, este é justamente o momento de aproveitar a baixa nas ações de tecnologia americanas para alocá-las na carteira.
“Momentos de estresse criam oportunidades boas lá fora. A Apple [AAPL34] está caindo 20% desde a sua máxima. Quem ainda não tem pode ser uma boa, ainda mais aproveitando o recuo do dólar. É sempre bom ter essas empresas que vão continuar gerando lucro e dividendos, mesmo que talvez não tenham a melhor performance nos próximos meses”, afirma Pacheco.
Ele também recomenda a BDR da Pfizer (PFIZ34). “A empresa anunciou que espera gerar US$ 100 bilhões de receita esse ano e está com múltiplo barato e paga dividendo acima de 3%.”. Segundo o analista, o P/L da farmacêutica está abaixo de 7 e, em comparação o do S&P 500 está a 19.
Outra aposta é a agência de classificação de risco Moody’s. “Focamos em empresas que geram fluxo de caixa hoje e cujos negócios não são tão afetados pela guerra.”
Pacheco recomenda evitar ações de consumo discricionário (produtos e serviços não essenciais). Entre companhias de commodity, ele prefere a americana Marathon Oil (M1RO34) em detrimento da britânica BP (B1PP34) porque a última detém 20% em uma empresa estatal russa de petróleo.
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