No Manhã Inteligente, Isabella Carvalho e Victor Vietti comentam os assuntos mais importantes do dia e tudo o que pode afetar seus investimentos. Na pauta do programa de hoje: os juros nos EUA devem subir, o novo patamar do dólar aqui no Brasil e o alívio nas restrições na China devido à pandemia.
Banco Central dos EUA deve aumentar juros
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que o banco central americano deve aumentar as taxas de juros em 0,5% na reunião de maio. Ele indicou, ainda, que poderão ser necessários movimentos idênticos depois disso. Powell afirmou que considera apropriado um movimento um pouco mais rápido de aumento das taxas de juros em comparação com o que o Fed fez no passado.
O banco central americano sinalizou, anteriormente, que também se prepara para começar a reduzir o balanço patrimonial de US$ 9 bilhões, num esforço duplo de retirada dos estímulos para travar as pressões de preços. Depois do discurso de Powell, os três principais índices acionários de Wall Street encerraram a sessão desta quinta-feira em queda.
China flexibiliza restrições
As autoridades de Hong Kong aliviaram as restrições implementadas para conter a propagação do coronavírus e impedir um aumento dos casos de covid-19 na região. Ontem, houve a retomada de jantares noturnos em restaurantes e a reabertura de museus e da Disneylândia após três meses. A flexibilização nas restrições ocorreu depois que as autoridades de Hong Kong reconheceram que era preciso haver um equilíbrio entre o combate à covid e a manutenção das atividades normais.
Em paralelo, a cidade chinesa de Xangai, confinada desde o início de do mês, anunciou ontem uma flexibilização cautelosa das medidas sanitárias restritivas. Dos 25 milhões de habitantes, mais de 12 milhões podem sair de suas casas, mas sem autorização para deixar seus bairros.
Dólar pode ficar abaixo dos R$ 5
A valorização do real nos últimos dias fez analistas começaram a ver chances de o dólar encerrar o ano negociado abaixo dos R$ 5. Na visão do economista-chefe da Trafalgar Investimentos, Guilherme Loureiro, o choque que elevou os preços das commodities ajuda a explicar cerca de 65% do movimento de apreciação do real neste ano, enquanto os juros elevados respondem pelos outros 35%. E isso veio para ficar.
Uma pesquisa feita com 74 instituições financeiras e consultorias, publicada pelo Valor Econômico, indica que o ponto-médio das estimativas para o câmbio no fim do ano apontava para o dólar a R$ 5. Porém, algumas casas já projetam a moeda americana abaixo desse valor.