Mercado hoje: Ibovespa cai pressionado por varejistas e mineradoras; dólar recua

Investidores se mostram preocupados com desempenho do varejo em julho e risco de recessão nos EUA

Agente financeiro acompanha desempenho de ativos na B3, a bolsa brasileira. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Agente financeiro acompanha desempenho de ativos na B3, a bolsa brasileira. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Após uma sessão volátil, o Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (14), pressionado por varejistas e ações ligadas ao minério de ferro. O índice caiu 0,22%, para 110.546 pontos. Já o dólar teve queda de 0,22% ante o real, negociado a R$ 5,1787, após a divulgação do índice de preços ao produtor dos EUA dentro do esperado.

Destaques do Ibovespa

No âmbito doméstico, o dia foi de vencimento de opções sobre o Ibovespa, o que acrescentou volatilidade nas negociações.

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Empresas prejudicadas pela possibilidade de juros mais altos tiveram as quedas mais expressivas. Magazine Luiza (MGLU3) recuou 4,89%, Via (VIIA3) caiu 3,85% e Americanas (AMER3) fechou em queda de 1,88%.

Companhias ligadas a commodities metálicas também não foram bem, refletindo a desvalorização do minério de ferro na bolsa de Dalian. Vale (VALE3) caiu 1,83%, Usiminas (USIM5) recuou 3,17% e CSN (CSNA3) teve queda de 3,91%. Investidores temem que juros mais altos nos Estados Unidos causem uma recessão no país.

As ações da Petz (PETZ3) lideraram as altas (+6,53%) do índice após a empresa informar que a Atomos Capital atingiu 5% do capital social da empresa.

Cogna (COGN3) anunciou que a BlackRock alcançou 10,02% na participação do capital e avançou 4,03%.

Petroleiras também avançaram, refletindo a alta da commodity. Petrobras (PETR4) ganhou 1,53%, enquanto PetroRio (PRIO3) subiu 5,11% e 3R Petroleum (RRRP3) avançou 3,72%.

Indicadores

Os indicadores de inflação americana deram base para investidores projetarem a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), na semana que vem. De acordo com dados do CME Group, há pouco, 30% dos investidores apostavam que o Fed elevaria os juros em 1 ponto porcentual, possibilidade que não estava no radar até ontem.

Para 70%, a alta deve ser de 0,75 ponto porcentual. Uma desaceleração do aumento dos juros, com elevação de meio ponto porcentual, saiu do radar. No mesmo dia que o Fed, quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir o patamar da Selic.

Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que o varejo restrito caiu 0,8% em julho ante junho. As expectativas das instituições ouvidas pelo Valor PRO eram de uma alta de 0,1%. Na comparação anual, a queda foi de 5,2%. No entanto, no acumulado do ano até junho, o varejo cresceu 0,4%, enquanto a queda em 12 meses é de 1,8%.

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