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Mercado hoje: Ibovespa ganha fôlego com commodities e fecha em alta; Americanas cai mais 2%
O Ibovespa fechou em forte alta nesta terça-feira (17), em 2,10%, aos 111,5 mil pontos, impulsionado pelas empresas ligadas às commodities, que avançam devido ao crescimento chinês e ao movimento de alta no petróleo.
A alta de hoje dá algum fôlego ao índice depois de três pregões no negativo com o efeito Americanas.
Dólar em queda
O dólar também devolveu um pouco dos ganhos dos últimos dias e fechou em queda de 0,81%, negociado a R$ 5,10 na B3.
Lá fora, o petróleo Brent – referência para preços da Petrobras – fechou em alta de 1,73%, a US$ 85,92 o barril.
Retorno da Petrobras
Essa combinação de dólar em queda e petróleo em alta foi ótima para a Petrobras. A ação preferencial da companhia (PETR4) avançou quase 6% hoje, enquanto a ordinária (PETR3) subiu quase 7%. A distribuidora Vibra Energia subiu 3% e a 3R Petroleum 1%.
Americanas em queda
A Americanas (AMER3), epicentro da crise dos últimos dias, fechou em queda de 2,03%, a R$ 1,90, após apresentar alguma melhora durante o dia.
Hoje o conselho da companhia elegeu Camille Loyo Faria nova diretora financeira e a agência de riscos Fitch cortou mais uma vez a nota de crédito da empresa, de CC para C, que significa que a empresa corre um risco “excepcionalmente alto” de não cumprir com seus pagamentos. É a nota mais baixa da agência.
Fórum Econômico Mundial
O lado político também foi levado em conta pelos investidores.
Em Davos, na Suíça, o ministro Fernando Haddad afirmou que o governo pretende fazer uma reforma do Imposto de Renda no segundo semestre, a fim de desonerar quem ganha menos.
Essa foi uma promessa de campanha do presidente Lula, de desonerar do IR quem ganhasse até R$ 5 mil mensais.
Bolsas americanas
Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam mistos.
Dow Jones caiu 1,14%, S&P500 recuou 0,20% enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,14%.
Agenda de amanhã
O calendário de indicadores estará mais agitado nesta quarta-feira (18).
De madrugada, o Japão anuncia sua decisão de política monetária e talvez uma nova taxa de juros. Na última semana o mercado aumento as apostas em outra medida restritiva do BOJ após anúncio de que o banco central japonês iria revisar os “efeitos colaterais” de sua política “ultradovish” nesta reunião.
Na zona do euro haverá índice de preço ao consumidor anual e de dezembro.
Nos Estados Unidos, Vendas no Varejo de dezembro e anual, inflação ao produtor (IPP), índice de produção industrial, divulgação do Livro Bege e discurso do membro do FOMC, Patrick Harker.
O Livro Bege é um relatório sobre como estão as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Federal Reserve, cobrindo todo o território dos EUA.
Sua leitura oferece uma visão da evolução económica e dos desafios dos EUA, e divulgado 8 vezes por ano, duas semanas antes de cada reunião do FOMC, e é utilizado pelo comitê em sua decisão sobre as taxas de juros.
Como foi o dia do Ibovespa
Apesar de fechar em queda, a bolsa brasileira operou em alta nesta terça.
Às 16h50, o índice da bolsa subia 1,78%, para 111.155 pontos. No mesmo horário, o dólar caía 0,85% ante o real, negociado a R$ 5,1041.
No cenário internacional, o foco foi o PIB (Produto Interno Bruto) da China.
Segundo o Departamento Nacional de Estatística, a economia chinesa cresceu 3% no ano passado, uma das menores taxas desde 1976.
Apesar disso, o indicador superou expectativas, o que impulsiona a cotação de commodoties como o petróleo tipo Brent, que fechou em alta de 1,6% no exterior. Com isso, Petrobras (PETR4) disparou 6% e 3R Petroleum (RRRP3) ganhou 0,3%.
Colaborou Leonardo Guimarães
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