Mercado hoje: Ibovespa fecha em queda semanal de 3,1% diante de crise com Copom; dólar recua

Na medição diária, Ibovespa fechou em alta de 0,92% e dólar caiu 0,73%

Ibovespa dá sinais de alerta de tendência de baixa ao ir na contramão do S&P 500, diz Itaú BBA. Foto: B3/Divulgação
Ibovespa dá sinais de alerta de tendência de baixa ao ir na contramão do S&P 500, diz Itaú BBA. Foto: B3/Divulgação

Em movimento de ajuste após as perdas expressivas de ontem, que levaram o índice ao menor patamar em oito meses, o Ibovespa fechou em alta de 0,92% (pós-ajuste) nesta sexta-feira (24), aos 98.828 pontos, com os temores com o setor bancário e a reação do governo ao comunicado do Copom no radar.

O dólar fechou em queda de 0,73% ante o real, negociado a R$ 5,2500.

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A queda expressiva do Ibovespa ontem, que o fez fechar abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde julho do ano passado, dá suporte técnico à bolsa brasileira, mesmo com os mercados estrangeiros no vermelho.

Exterior

O Ibovespa opera na contramão das bolsas americanas e europeias. Nos EUA, o Dow Jones, que tem o melhor desempenho cai quase 0,30% no horário mencionado.

Na Europa, o índice pan-europeu, Stoxx 600, recua 1,26%. As bolsas nessas regiões sofrem com temores relacionados à saúde do sistema financeiro com a crise dos bancos deixando os investidores desconfiados de um possível alastramento do cenário ruim.

Setor bancário

Na manhã desta sexta-feira, o setor bancário internacional voltava ao destaque, com foco no temor envolvendo o Deutsche Bank. O episódio causa nova rodada de cautela internacional.

O atual patamar de preços do Ibovespa, porém, pode proteger o índice de quedas mais fortes. Ontem, a reação à decisão de juros e ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, além da relação da autarquia com o governo, pressionaram negativamente os ativos brasileiros e levaram à bolsa para o patamar dos 97 mil pontos.

O noticiário envolvendo o BC continua no foco. Hoje, o “g1” informou que o governo ainda não tomou uma decisão final sobre quem ocupará a diretoria de política monetária da instituição, e que um dos cotados seria Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp – a entidade é crítica ao patamar de juros atual. Outro possível nome seria Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Entre as commodities, o dia é misto – o minério de ferro teve leve alta na bolsa de Dalian, enquanto o petróleo Brent operava com perdas firmes, na casa dos 3%, em Londres.

Na agenda de indicadores, destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), que subiu 0,69% em março, após alta de 0,76% em fevereiro, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje.

O resultado ficou acima da mediana das 35 projeções de analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que estimavam alta de 0,67% em março. O intervalo das estimativas era de alta de 0,58% a 0,78%.

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