Mercado hoje: Dólar fecha em R$ 5,04 após bater R$ 4,95; Ibovespa caiu quase 2%
Dólar em queda animou investidores de empresas aéreas; ações dispararam
O dólar fechou a sessão desta quinta-feira (2) em queda de 0,32%, a R$ 5,04, tendo reduzido a intensidade da queda na reta final do pregão. Ao longo do dia, a divisa americana chegou a cair mais de 2%, a R$ 4,94. A última vez que o dólar havia testado níveis inferiores a R$ 5 foi em 10 de junho de 2022.
No mercado acionário, o Ibovespa fechou em queda de 1,72%, aos 110,14 mil pontos. O índice passou parte da manhã em alta, na faixa de 112.700 pontos. O índice foi pressionado pelo Copom mais duro em relação a manutenção da taxa de juros e pelas ações de Vale e Petrobras.
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Entre as commodities, o petróleo Brent – utilizado pela Petrobras como parâmetro para sua política de preços – fechou em queda de 0,81%, a US$ 82,17 por barril.
Com o dólar demonstrando poder romper a resistência de R$ 5, as empresas aéreas decolaram na bolsa, diante da perspectiva de redução de custos com combustível e leasing de aeronaves. Perto do fechamento, as ações da Gol (GOLL4) subiam 13,40%, a R$ 8,47, e as da Azul (AZUL4) 7,41%, a R$ 12,47.
Corporativo
O balanço do Santander no quarto trimestre, que ficou abaixo das expectativas, reflete sobre os papéis de bancos. As pressões do Ibovespa vêm das companhias ligadas às commodities metálicas e das empresas exportadoras, que são prejudicadas pela até então forte desvalorização do dólar frente ao real. Apesar do resultado, a unit (SANB11) fechou em alta de 0,33%.
Entre as principais perdas no dia figuravam Petrobras preferenciais e ordinárias (4,63% e 4,74%, respectivamente), Vale (4,68%), CSN (5,29%), CSN Mineração (5,81%) e BRF (6,42%).
No Brasil, os investidores repercutem o tom mais conservador do Copom no comunicado que manteve a Selic em 13,75% ao ano. A autarquia sinalizou que terá que ser mais firme em sua postura, caso se mantenham as incertezas no âmbito fiscal e as expectativas de inflação se distanciem da meta.
No exterior, o mercado recebeu com otimismo o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell. Ainda que o aperto monetário continue, o BC americano disse pela primeira vez que há um processo de desinflação.
Ainda no assunto juros, o Banco da Inglaterra elevou nesta quinta suas taxas em 0,5 ponto percentual, para 4%; e o Banco Central Europeu (BCE) anunciou um aumento da mesma magnitude, para 3%.