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Mercado hoje: Dólar e Ibovespa fecham em alta à espera de Jackson Hole
O mercado operou em compasso de espera nesta quinta-feira (25), com investidores aguardando uma sinalização do banco central dos EUA sobre a trajetória dos juros no país. O Ibovespa fechou em alta de 0,56%, para 113.531 pontos. Já o dólar fechou quase estável e avançou 0,01% ante o real, negociado a R$ 5,1111, em mais uma sessão de variação entre perdas e ganhos.
Investidores avaliam dados da economia dos Estados Unidos divulgados pela manhã ao mesmo tempo que também esperam pelo simpósio de Jackson Hole e digerem notícias vindas da China.
“O Fed está pronto para aplicar fortes apertos monetários até que a inflação diminua e os dados mais recente praticamente confirmam que isso não acontecerá até o próximo ano. O mercado de trabalho ainda é muito forte e isso continuará a alimentar o aumento dos salários e a deixar claro que o Fed pode permanecer agressivo com o aumento das taxas”, afirma o analista sênior da Oanda, Edward Moya.
Os principais índices acionários dos Estados Unidos avançaram, com o Nasdaq Composite subindo 1,67%, o S&P 500 avançando 1,41% e o Dow Jones fechando em alta 0,98%.
O número de pedidos iniciais de seguro-desemprego teve uma redução de 2 mil solicitações na última semana em relação ao período anterior, chegando a 243 mil pedidos, abaixo do consenso projetado por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal” de 255 mil pedidos. Já a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) anualizado do país indicou uma contração de 0,6% no segundo trimestre, número pior que a retração de -0,5% esperada por economistas.
“Desde o começo de agosto, o mercado começou a ficar preocupado com Jackson HJole basicamente porque o Fed tenta passar uma mensagem de que vai combater a inflação enquanto o mercado precifica um alta menor e acredita que o juro vai cair rápido. Ou seja, há uma desconexão entre o mercado e o que o Fed diz”, comenta Marcos Weigt, diretor de tesouraria do Travelex Bank, acrescentando que espera uma fala mais dura do presidente da autarquia americana amanhã.
Outro balizador dos mercados globais hoje é o anúncio do Banco Popular da China, que fixou o câmbio em relação ao dólar em 6,8536 yuans ante os 6,8635 yuans esperados, indicando ao mercado que o yuan pode ter se desvalorizado demais. Além disso, a autarquia liberou mais de 1 trilhão de yuans (US$ 146 bilhões) em medidas para tentar impedir a desaceleração do setor imobiliário e da indústria, relacionada à seca e paralisações prolongadas por conta da covid-19.
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