Mercado hoje: bolsa ganha fôlego com falas de Prates e tem primeira alta do ano
Ibovespa fechou em alta de 1%, com 105 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta de 1%, retomando o patamar dos 105 mil pontos, diante das notícias políticas do dia, com destaque para a de que o próximo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmar não que não haverá intervenção direta nos preços dos combustíveis nem desvinculação dos preços internacionais.
Ainda no cenário político, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, contradisse o ministro da Previdência, Carlos Lupi, sobre uma possível revisão da reforma da Previdência. Segundo o ministro palaciano, não há nenhuma discussão a esse respeito.
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Tais notícias animaram o mercado e a bolsa se recuperou após duas quedas nos dois primeiros pregões do ano.
O dólar comercial fechou em alta de 0,1%, próximo a estabilidade, negociado na B3 a R$ 5,45, e as taxas dos contratos de juros futuros (DIs) fecharam em direções mistas, com a maioria dos contratos em queda.
Bolsa oscilou no período da manhã
A bolsa brasileira oscilou parte da manhã perto da estabilidade, mas foi impulsionada pelos ganhos de Petrobras PN (+4,16%) e Petrobras ON (+2,91%), que passaram a avançar após falas de Jean Paul Prates, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar a estatal.
Ele disse que não haverá interferência direta nos preços de combustíveis e que não haverá desvinculação do preço internacional. A Petrobras avançava apesar de o petróleo Brent para março operar em baixa na casa dos 4%.
O discurso de Geraldo Alckmin em sua cerimônia de posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços também agradou investidores. “A ideia de se aproximar, de conversar mais com o setor privado, agradou”, afirma Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos. “O discurso do Alckmin foi nessa linha, de tentar alinhar os interesses do governo com os do setor privado.”
Komura destaca ainda que a bolsa brasileira se descolou do exterior nos últimos dias, o que pode causar uma correção técnica hoje. “Ontem nos descolamos bastante, em grande parte pelos fatores locais. O movimento foi justificado, mas os preços agora refletem um cenário bastante pessimista, e talvez não seja para tanto”.
No exterior, investidores aguardavam a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). “Ela pode causar mudança drástica no mercado”, diz Komura. “É preciso monitorar de perto a comunicação e ver quais são os sinais para a próxima reunião. Muitos pensam que virá alta de mio ponto porcentual, outros veem algo mais otimista, com alta de 25 pontos-base. É preciso ler a ata e ver o que o Fed pensa do cenário atual.”
Ele destaca ainda que, na sexta-feira, o relatório do mercado de trabalho dos EUA (“payroll”) ajudará a determinar a expectativa para o Fed.