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Mercado hoje: Ibovespa sobe acima de 2% com diminuição do prazo da PEC da Transição
A indicação de que a PEC da Transição deve ser desidratada na Câmara dos Deputados deu fôlego para que o Ibovespa emendasse seu segundo pregão consecutivo de alta, acumulando 3,90% no período. Analistas atribuem, adicionalmente, fatores técnicos ao movimento com o possível desmanche de posições vendidas em alguns papéis de índice.
Apesar da notícia ter sido bem recebida no curtíssimo prazo, a visão da maior parte dos analistas é que o movimento ainda é circunstancial. “Não parece ser um movimento fundamentado, principalmente no caso dos papéis mais sensíveis ao cenário macro local. Será preciso um nível de definição maior para que o mercado possa incorporar as mudanças nos preços de forma estrutural”, diz Jennie Li estrategista de ações da XP ressaltando que, nos últimos dias, qualquer boa notícia vinda de Brasília tem um efeito relevante nos preços ativos.
Isso sugere, segundo a executiva, que pode haver algum movimento técnico impulsionando os ativos, principalmente se as empresas com maior nível de ‘short interest’ [percentual de ações de uma empresa que está alugado e vendido a descoberto, quando o locatário espera que o ativo recue] da bolsa estão subindo bastante. Na sessão, Via disparou 10,81%, Natura ON ganhou 8,59%, Magazine Luiza ON saltou 8,05%, Azul PN melhorou 7,58% e Soma ON teve alta de 6,29%. Entre as blue chips, Vale ON +0,45%, Petrobras PN +3,08%, Itaú PN +1,07% e Bradesco PN +3,59%.
O referencial local registrou ganhos de 2,03%, aos 106.864 pontos, tocando os 104.607 pontos na mínima intradiária e os 105.792 pontos na máxima. Com isso, voltou a apresentar ganhos no ano, de 1,95%.
Bolsas EUA
Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,10%, aos 3.821 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,28%, aos 32.849 pontos e Nasdaq oscilou positivamente em 0,01%, aos 10.547 pontos. Leia completo Bolsas de Nova York fecham em alta depois de decisão surpresa do Banco do Japão.
“Se a proposta aprovada for vigente por apenas um ano, ótimo. E se o valor for restrito ao Bolsa Família, melhor ainda. O mercado está reagindo bem a essa possível desidratação”, aponta um gestor ouvido pelo PRO. Outro executivo, no entanto, entende que a melhora é circunstancial. “Um governo que tenta acabar com a Lei das Estatais e com o teto de gastos antes mesmo de ser empossado, pode fazer qualquer coisa quando estiver no poder. Não vimos nenhum sinal de disciplina fiscal até aqui, então não dá para pensar em uma melhora estrutural.”
Dólar
O dólar à vista finalizou a sessão de hoje em queda consistente, depois de informações de que a PEC da Transição, que propõe um aumento nos gastos do governo para os próximos anos, deve ser desidratada na Câmara dos Deputados.
Ainda sem uma orientação clara para onde a política econômica do próximo governo deve seguir, e também na espera de novos nomes da equipe da nova gestão, os agentes financeiros permaneceram concentrados no debate fiscal.
No fim da sessão, o dólar comercial fechou em queda de 1,93%, cotado a R$ 5,2061, enquanto o contrato para janeiro da moeda americana recuava 1,83%, a R$ 5,2170 perto das 17h05. Entre os pares de divisas emergentes, o dólar recuava 0,08% ante o rand sul-africano, enquanto se desvalorizava 0,03% ante o peso mexicano.
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