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Mercado hoje: Ibovespa cai pressionado por commodities; dólar fecha em alta
O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (30), pressionado por ações ligadas a commodities. O índice recuou 1,68%, para 110.430 pontos. Já o dólar subiu 1,59% ante o real, negociado a R$ 5,1128. Dados econômicos dos EUA fizeram o mercado aumentar a aposta de novas altas de juros por lá.
A queda do petróleo foi o principal fator de pressão sobre o Ibovespa. O Brent caiu 4,94%, a US$ 97,84 por barril, depois de forte alta na véspera. Com isso, as ações da Petrobras (PETR4) operavam em queda de 5,95%. O Itaú BBA informou ter rebaixado a recomendação para PETR4 de compra para neutra.
Papéis ligados ao minério de ferro também tiveram queda e puxaram o Ibovespa para o vermelho. Vale (VALE3) caiu 2,9%, Usiminas (USIM5) teve queda de 2,07% e CSN (CSNA3) recuou 3,17%. O minério de ferro caiu 5% na bolsa de Dalian, refletindo novas restrições à circulação de pessoas na China para combater a covid-19.
Também pesou no sentimento do investidor a declaração do presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams. Em entrevista ao The Wall Street Journal, Williams disse que a economia dos Estados Unidos segue acelerada e que, embora a inflação tenha registrado queda, o mercado de trabalho segue bastante aquecido. Diante desse cenário, ele estima que a taxa de juros terá que ficar em território restritivo, acima de 3,5%.
Sem definir um período, Williams disse que em algum momento no futuro, o Fed irá desacelerar o ritmo de altas dos juros. Porém, afirmou que acredita que o banco central americano não irá começar a reduzir os juros em 2023. “Nosso foco é devolver a inflação que está muito elevada para a meta de 2%”, disse ele, que espera que a política restritiva do Fed se estenda pelo próximo ano.
As bolsas dos EUA recuaram nesta terça-feira, apagando uma tentativa de recuperação durante a manhã. Além da declaração de John Williams, a divulgação de indicadores americanos deram indícios de que a economia dos Estados Unidos ainda está aquecida. Com isso, ativos de risco foram perdendo terreno.
O Nasdaq Composite teve queda de 1,12%, enquanto o S&P 500 caiu 1,10% e o Dow Jones recuou 0,96%.
“As intenções de compras aumentaram, depois de uma queda em julho, e as intenções de férias alcançaram uma nova máxima de oito meses. Olhando para o futuro, as melhoras na confiança em agosto podem ajudar a dar suporte aos gastos, mas a inflação e mais altas de juros ainda representam riscos ao crescimento econômico no curto prazo”, disse Lynn Franco, diretora de indicadores econômicos do Conference Board.
No cenário local, o mercado recebeu a notícia de deflação registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado, o IGP-M, em agosto. O indicador recuou 0,7%, enquanto instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data esperavam, em média, recuo de 0,54%.
Nas eleições, investidores olharam para a pesquisa de intenção de voto do Ipec. Ela apontou Lula com 44% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 32% na disputa pela presidência. Ambos têm o mesmo índice de 15 de agosto. Ciro Gomes (PDT) tem 7% das intenções e Simone Tebet (MDB), 3%. Os dois estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Na simulação de 2º turno, Lula tem 50% e Bolsonaro, 37%.
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