3 fatores que explicam a turbulência dos bancos, segundo o Nobel de Economia Joseph Stiglitz

Para Stiglitz não é possível falar de crise, por enquanto, pois Silicon Valley Bank (SVB), Signature Bank e Credit Suisse são casos isolados

Joseph Stiglitz: Nobel em Economia. Foto: Ralph Alswang/Flickr
Joseph Stiglitz: Nobel em Economia. Foto: Ralph Alswang/Flickr

O Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz classificou como turbulência financeira a atual situação dos bancos, com o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, além da aquisição do Credit Suisse pelo UBS, e disse que não é possível falar de crise, por enquanto, por se tratarem de bancos isolados.

Ele participou na segunda-feira (20) do seminário “Estratégias de desenvolvimento sustentável para o século XXI”, promovido por Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na sede do banco, no Rio.

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Para Stiglitz, a turbulência é resultado de três fatores:

  • Desregulação financeira durante o governo de Donald Trump;
  • Uma alta muito rápida da taxa de juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano);
  • Facilidade das transferências de recursos trazida pela tecnologia.

“A combinação desses três fatores permitiu o cenário da atual turbulência financeira. Não é uma crise ainda porque são apenas bancos isolados. E acho que provavelmente vamos atravessar isso, mas obviamente é o suficiente para despertar interesse da imprensa e do mercado”, disse ele, citando, ainda, o impacto na economia real.

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“Se você fosse um dos depositantes do Silicon Valley Bank (SVB) que tivesse muito dinheiro, e o valor segurado fosse de US$ 250 mil, você estaria muito preocupado. Então tem impacto na economia real”.

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