A discussão da semana é sobre crescimento
Investidores analisam dados da China e do Brasil relativos à atividade econômica
Neste início de um ano com muitas incertezas à frente, dos rumos da pandemia às eleições presidenciais no Brasil, passando pela retirada de estímulos econômicos na Europa e nos Estados Unidos, os investidores tentam prever como a atividade vai se comportar.
Dois indicadores econômicos que serão divulgados logo no começo desta semana devem ajudar nas projeções.
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Neste domingo (16), às 23h de Brasília e 10h de Pequim, saem os números sobre o PIB (Produto Interno Bruto) da China referente ao quarto trimestre de 2021, além dos dados sobre produção industrial e vendas no varejo de dezembro. O país asiático se tornou, nos últimos anos, o principal parceiro comercial do Brasil, absorvendo parte relevante da sua produção de matéris-primas, como minério de ferro e celulose. Daí a importância de saber como está o ritmo da economia chinesa. A expectativa média do mercado é de um crescimento de 3,6% para o último trimestre do ano passado em relação ao mesmo período de 2020 e de 8,4% para 2021 inteiro.
Na segunda (17) pela manhã, o Banco Central brasileiro informa o seu IBC-Br relativo a novembro. Esse indicador mensal de atividade é entendido como uma prévia do PIB oficial, divulgado apenas trimestralmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A estimativa dos especialistas é de alta de 0,54% ante outubro e de 0,3% antes novembro de 2020.
Últimas em Economia
Como afeta os investimentos?
Um bom desempenho da economia da China tende a valorizar as ações de empresas brasileiras exportadoras, como a mineradora Vale e a produtora de papel e celulose Suzano.
Da percepção do ritmo da atividade econômica no Brasil dependem as ações das companhias que dependem do consumo interno – as varejistas, por exemplo.
Política
Enquanto o Congresso Nacional continua em recesso, a pré-campanha para a Presidência vai esquentando. O mercado acompanha com atenção as movimentações dos pré-candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB), além do incumbente, Jair Bolsonaro (PL).
E a pandemia?
Começou no sábado (15) em muitas cidades brasileiras a vacinação de crianças contra o novo coronavírus com o imunizante da Pfizer. As curvas de contágio e mortes continuam subindo no país – a média móvel de sete dias de casos conhecidos está em 68.074, uma alta de 792% em relação à de duas semanas atrás, e a de mortes subiu 49% na mesma comparação, para 147 –, mas o início da vacinação dos brasileirinhos de 5 a 11 anos, assim como o avanço da aplicação da dose de reforço para os adultos, alimenta a esperança de que estamos caminhando para o fim da pandemia de Covid-19.
Outro motivo para otimismo vem da observação das curvas de casos em países onde a ômicron chegou antes. Na África do Sul, que primeiro detectou a variante, em novembro de 2021, a pandemia vem desacelerando desde 15 de dezembro; no Reino Unido, desde 4 de janeiro. A evolução dos casos sugere que a quarta onda pode ser mais breve do que as anteriores.
Confira a agenda completa de indicadores e eventos da semana:
- Segunda, 17/01
8h – IGP-10, da FGV
8h25 – Boletim Focus, do BC
9h – IBC-Br, do BC
- Quarta, 19/01
5h – IPC, da Fipe
- Quinta, 20/01
10h30 – Pedidos de auxílio-desempego (EUA)