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Ações da Hypera (HYPE3) desabam com anúncio de programa de otimização do capital de giro
Ações ordinárias da Hypera (HYPE3) passam por forte correção na sessão de hoje. Por volta das 12h50, os papéis recuavam 14,41%, a R$ 21,97. A reação é reflexo da notícia de que a companhia anunciou um novo programa de otimização do capital de giro ao reduzir o pagamento concedido a clientes.
Em relatório, profissionais do Goldman Sachs cortaram o preço-alvo dos papéis de R$ 37 para R$ 31,50 e reiteraram recomendação neutra. Na visão dos especialistas Gustavo Miele e Emerson Viera, o anúncio de redução nos seus recebíveis para equalizar a estrutura de capital de giro é “positivo” por melhorar a geração de caixa.
Porém, os analistas do Goldman afirmaram que a medida irá reduzir materialmente o lucro no curto prazo. Não à toa, o banco reduziu em 21% a estimativa de lucro em 2025, incorporando também a prévia de resultados do terceiro trimestre bem mais fraca do que o previsto divulgada pela Hypera.
As estimativas para a companhia em 2026, por sua vez, ficaram inalteradas. Os analistas do Goldman acreditam que os ajustes nos estoques e nos recebíveis já terão sido concluídos e que a Hypera terá retomado o crescimento.
Já analistas do Bradesco BBI cortaram as estimativas de lucro da Hypera em 25% no ano que vem e em 7% em 2026 por causa dos efeitos do novo programa nas receitas e nas margens da empresa.
No entanto, os especialistas do BBI afirmaram que há um potencial a ser destravado caso a empresa alcance as sinergias esperadas. O Bradesco BBI elevou o preço-alvo dos papéis de R$ 34 para R$ 35, mas manteve a recomendação neutra para o papel.
Em nota, analistas do Santander também comentaram sobre o anúncio e destacaram que ele decorre do nível de alavancagem elevado da companhia e da expectativa de juros mais altos daqui para frente.
“Acreditamos que podemos ver mais companhias com alavancagem alta reduzindo capex [investimento] ou financiamento aos clientes. Notícia ruim para o PIB”, observaram os especialistas do Santander em nota enviada a clientes.
*Com informações do Valor Econômico
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