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Ações da Vale (VALE3) disparam após balanço do terceiro trimestre
As ações ordinárias da Vale (VALE3) avançam mais de 3% nesta sexta-feira (25), após a companhia reportar lucro líquido de US$ 2,4 bilhões, 41% acima do esperado pelo mercado, que projetava US$ 1,7 bilhão. Embora o Ebitda de US$ 3,7 bilhões tenha representado uma queda de 21% na comparação anual, ficou 12% acima da projeção do Itaú BBA e, 9% acima da estimativa do Bradesco BBI.
Por volta das 12h50, o papel ordinário da mineradora ganhava 3,74%, cotado a R$ 61,93. No mesmo horário, o Ibovespa operava estável, aos 130.062 pontos.
Os analistas do Itaú BBA, liderados por Daniel Sasson, avaliam que os resultados são uma combinação de bom desempenho de custos e preços realizados do minério de ferro. Para o banco, performance de custos foi o maior destaque, o que cria perspectivas bastante positivas para o quarto trimestre. No entanto, a geração de caixa melhorou sequencialmente, mas permanece fraca.
A companhia assinou com a União para o pagamento de uma indenização de R$ 170 bilhões relativos à tragédia ambiental de Mariana (MG) nesta sexta-feira. Segundo o Bradesco BBI, “a conclusão do acordo definitivo relacionado ao acidente de Mariana deve remover um peso significativo das ações da Vale”, escrevem os analistas Rafael Barcellos, Camilla Barder e Matheus Moreira.
Os analistas, porém, destacam que faltou “brilho” na geração de caixa no trimestre, com adicional de US$ 179 milhões, afetada pelo capital de giro. O banco reitera a classificação de compra para ações da Vale, com preço-alvo de US$ 15,00.
O Itaú BBA também tem recomendação de compra, com preço-alvo em US$ 13 para os recibos de ação (ADRs) da Vale negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).
Felipe Moura, analista da Finacap, diz que o balanço da Vale, no geral, foi positivo, muito por conta da diminuição de custos, o que define como um trimestre “exemplar” da companhia.
“A Vale conseguiu diminuir custos em praticamente todas as linhas, tanto no segmento de minério de ferro, como pelotas e cobre. Foi realmente uma redução de custos fantástica, impulsionada tanto pela maior produção quanto pelo melhor mix”, completa.
*Com informações do Valor Econômico
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